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Gari e modelo: moradora de Guarapari vive duas realidades
Por Aline Couto
Publicado em 12 de agosto de 2022 às 09:28
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A sujeira das ruas que se contrasta com a beleza das maquiagens e roupas, assim Luiza Martins de Souza Scrivani, 24 anos, vive a rotina diária. Trabalhando como gari na parte da manhã e realizando trabalhos de modelo e influencer à tarde, a moradora de Guarapari, natural de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, vai conciliando as carreiras entre a estabilidade do serviço público e a efemeridade das redes sociais.
“A carreira de modelo e influencer é meu sonho, quero muito conseguir chegar em um nível de estabilidade com elas da mesma maneira que a carreira de gari me possibilita”, enfatizou.
As carreiras chegaram em épocas diferentes na vida de Luiza, a de modelo chegou primeiro, e quatro anos depois veio a de gari.
“Comecei trabalhando como modelo há seis anos, a princípio para ajudar uma amiga. Aí com os resultados das fotos e dos alcances que elas tiveram nas redes sociais, outras lojas e marcas começaram a me procurar. Logo fui crescendo e tendo visibilidade, apesar de ter tido uma certa resistência a de fato começar a trabalhar nas redes. Mas as coisas foram fluindo de forma bem natural, não forcei nada. Foi acontecendo e comecei a monetizar com meu Instagram com os ensaios de modelo e hoje consigo ter uma renda através da blogueragem. Mas desde o início até hoje só aceito trabalho de lugares que realmente gosto e acredito, que sou cliente”.
Como gari, a carioca começou há dois anos e disse lidar bem com a conciliação dos dois trabalhos.
“É fácil sim. A carga horária como gari não é tão puxada, e a turma que eu estou atualmente é ainda mais tranquila, é uma turma de bairro. Eu trabalho só no período da manhã como gari e consigo ter essa liberdade de marcar outros trabalhos na parte da tarde. Não são trabalhos demorados, são em média duas horas. Consigo ter uma agenda bacana de trabalhos que eu acredito”.
Sobre a forma como as pessoas a abordam nas ruas e se ela sofre preconceito, Luiza relatou que não vê preconceito, no entanto as pessoas se surpreendem por vê-la trabalhando como gari. “Acontece bastante de me abordarem, mas eu recebo muito elogio pela minha aparência e pela forma como trato as pessoas com educação e simpatia. Nunca tive um comentário negativo diretamente”.
E mesmo com as duas rotinas de trabalhos diários, ela ainda arruma tempo para se cuidar. “Para aguentar o meu dia a dia, tento ter uma alimentação mais regrada e pratico atividade física regularmente. Por trabalhar andando a manhã toda, e a tarde ser bem corrida, preciso ter um preparo físico, e psicológico também (risos)”
Sobre o que espera do futuro, Luiza falou que pretende continuar trabalhando e se dedicando ao que se propõe.
“Quero continuar trabalhando muito, me organizando e investindo na carreira de modelo e influencer para um dia conseguir me dedicar 100% a ela”, finalizou.
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