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Governo vai pagar R$ 63 mil de aluguel para iniciar Escola Viva
Por Livia Rangel
Publicado em 17 de junho de 2015 às 12:28
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Depois de mais de 100 dias de discussão na Assembleia Legislativa e sob muitos protestos de estudantes e profissionais da Educação, o projeto Escola Viva foi lançado oficialmente pelo governo estadual. Em coletiva, o secretário da pasta, Haroldo Rocha, anunciou que a primeira unidade do projeto começa suas atividades no dia 27 de julho.
Serão abertas 480 vagas para estudantes do Ensino Médio, sendo 160 vagas para cada ano. Os alunos permanecerão por um período de 9h30 na escola, chamada Centro Estadual de Ensino Médio em Tempo Integral São Pedro. O local escolhido foi o campus de uma antiga faculdade particular situada no bairro de mesmo nome, em Vitória. A área ultrapassa os 20 mil m² e abriga um complexo de salas de aula, laboratórios, auditórios, restaurantes, quadra e ginásio esportivo.
Toda essa infraestrutura tem um preço: inicialmente, o governo vai pagar um aluguel de R$ 63 mil por mês por um prazo de 5 anos. Passados 30 meses de locação, o Governo terá opção de compra. Caso isso aconteça, tudo o que for pago de aluguel será descontado – no caso, quase R$ 2 milhões.
Enquanto isso, outras escolas da rede estadual seguem sem investimentos. Um exemplo é o Polivalente, que há quatro anos funciona em um espaço improvisado enquanto o novo prédio não fica pronto. Em matéria anterior, o Folha da Cidade já havia denunciado as péssimas condições do local, com portas quebradas, gesso desabando, paredes caindo, infiltrações, fios desencapados por toda parte, salas e banheiros interditados.
Tempo Integral
A Escola Viva em São Pedro receberá diariamente 480 estudantes na faixa etária de 15 a 17 anos que estarão cursando o Ensino Médio. Eles serão divididos em quatro turmas de 40 alunos cada. Ao todo, a unidade de ensino contará com 160 estudantes para os primeiros, segundos e terceiros anos com uma jornada escolar que vai das 7h30h até às 17h.
Dentro do Centro Estadual de Ensino Médio em Tempo Integral, os estudantes terão nove aulas diárias de 50 minutos cada – os jovem poderão participar de até três aulas seguidas da mesma disciplina em um mesmo dia. Além disso, o currículo escolar também prevê matérias eletivas que vão de encontro ao interesse dos estudantes.
Para o secretário Haroldo Rocha, o debate acerca do programa foi um foi dos maiores na área da Educação em toda a história Estado – o projeto tramitou durante 100 dias na Assembleia Legislativa do Espírito Santo.
Uma delas foi de que se as atividades da primeira Escola Viva tivessem início ainda neste ano, elas não deveriam acontecer em uma escola que já estivesse funcionando. “Por quê? Porque esse é um facilitador. Nessa escola não tem aluno e aqueles que quiserem mudar vão ter a oportunidade”, disse Rocha, que reiterou que não haverá deslocamento de aluno sem que haja decisão pessoal de cada um.
Seleção
Para concorrer a uma das 480 vagas, os estudantes deverão se inscrever já a partir desta quinta-feira (18) site da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) – www.educação.es.gov.br. As inscrições ficarão abertas até o dia 2 de julho e as matrículas deverão ser efetivadas, mediante documento assinado pelos pais ou responsáveis, até o dia 20 de julho – uma semana antes do início das aulas.
Caso haja um número de inscrições além das vagas oferecidas pela Sedu, o critério de desempate segue os já adotados pela rede estadual. São eles: alunos com deficiência, que vivem próximos da escola ou que têm irmãos estudando por lá; outro critério de desempate é que a vaga será oferecida ao jovem que tiver a menor idade.
Os professores e demais funcionários da Escola Viva – exceto profissionais que cuidarão da limpeza, merenda e vigilância – deverão ser efetivos do Estado e também deverão se inscrever para atuarem nesse novo modelo de ensino. Segundo a Sedu, o edital de seleção será publicado nesta quarta-feira (17).
A equipe Escola Viva contará com 26 professores trabalhando em regime de dedicação exclusiva, um diretor escolar, três coordenadores (pedagógico, administrativo financeiro e de secretária escolar) quatro coordenadores de áreas; quatro supervisores; três pedagogos; um auxiliar de laboratório de Ciência; um auxiliar de laboratório de Informática e outro de biblioteca; além de cinco auxiliares administrativos e 15 auxiliares de serviços gerais, quatro vigilantes e cinco merendeiras.
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