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Grande Vitória deve continuar em risco extremo e com medidas restritivas na próxima semana
O novo mapa de risco deve ser divulgado na sexta-feira (02) pelo Governo do ES e entrará em vigor na próxima semana
Por Redacão Folha Vitória
Publicado em 31 de março de 2021 às 15:00
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A partir da próxima segunda-feira (05), a classificação dos municípios com base no Mapa de Gestão de Risco para a transmissão da Covid-19 volta a valer no Espírito Santo. Dessa forma, cada cidade terá a própria classificação para o risco de contágio da doença, podendo ser baixo, moderado, alto ou extremo. Atualmente, todo o Estado está classificado no nível máximo de risco.
Em entrevista concedida à rádio Pan News Vitória, o secretário de Saúde do Estado, Nésio Fernandes afirmou que, apesar da classificação levar em conta a realidade de cada município, as cidades da Grande Vitória devem ser tratadas como uma região única. Com isso, permaneceria em risco extremo para a transmissão da doença, com medidas ainda rígidas.
“Alguns municípios podem ser caracterizados como risco extremo ao passar de 90% de ocupação. Voltaremos a adotar a matriz de risco, que definirá as regras por município. Cada cidade vai ter a atualização na sexta-feira e algumas vão sair do risco extremo. Possivelmente, trataremos a Grande Vitória como uma única região, publicando todas as normas que vão vigorar a partir de segunda”, disse.
O secretário explicou ainda que, mesmo com todo o Estado considerado em nível extremo, simulações de risco são realizadas para avaliar o desempenho de cada cidade, com base nos leitos disponíveis e capacidade de testagem, por exemplo. Na simulação mais recente, que pode servir de base para o próximo mapa, a Grande Vitória aparece como risco extremo.
O novo mapa de risco deve ser divulgado na sexta-feira (02) e entrará em vigor a partir da segunda-feira (05). De acordo com o secretário, as regras e medidas ainda estão em avaliação e devem ser divulgadas juntamente com a matriz de risco.
“Pacientes estão morrendo a caminho do hospital”
Mesmo com a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 acima dos 90% há mais de uma semana, nenhum paciente morreu por falta de atendimento médico, segundo Nésio. Entretanto, o secretário relatou que alguns pacientes estão morrendo a caminho do hospital por causa da demora em buscar atendimento médico.
“Temos relatos de pessoas que estão morrendo dentro da ambulância, porque o quadro de saúde vai se agravando em casa, a pessoa não busca atendimento médico e faz o uso de remédios que não têm eficácia.”
Nésio Fernandes ainda destacou a importância da colaboração da população para evitar que o sistema de saúde do Estado entre em colapso. Segundo ele, falta pouco para isso acontecer.
“Não temos um colapso estabelecido, mas temos uma situação de pré-colapso. Temos a expectativa de que a quarentena possa surtir efeito a partir da próxima semana. Queremos garantir leitos para todos, mas a principal medida é o alto grau de disciplina da população”, afirmou.
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