Anúncio
Grupo de Guarapari se une para ajudar amiga em tratamento de câncer
Por Pedro Henrique Oliveira
Publicado em 7 de outubro de 2022 às 13:20
Anúncio
Uma história de amizade fez com que uma pequena vaquinha chegasse em muito mais pessoas. Aos 34 anos, a técnica em segurança do trabalho Maira Bigalli foi diagnosticada com câncer de colo do útero no último mês de julho. “Operei dia 5 de agosto. Fiz um laparotomia para investigação (corte vertical e não cesária). O cirurgião optou então por uma histerectomia total, de grandes proporções, haja vista que houve remoção de outras partes além do útero”, contou Maira.
Nesta semana, ela iniciou o tratamento de radio e quimioterapia, que possuem efeitos fortes, os quais são sentidos horas ou até dias após o início do tratamento. No caso de Maira, os efeitos foram no dia seguinte.
Natural de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Maira chegou em Guarapari aos 14 anos, e foi aqui que construiu a vida profissional e conheceu muitos amigos, hoje ela mora na Serra, mas mantém contato com eles. Foram esses amigos que resolveram criar uma campanha para ajudar no tratamento da doença após um pedido de Maira.
“Eu estou tentando afastamento pelo INSS, está em análise. Eu meio que surtei e recorri à minha amiga Luana para aceitar a ajuda deles. Tenho custos com logística, pois não tenho carro, e mesmo que tivesse não poderia dirigir, com transcol, Uber, a cada semana tem um remédio novo, hidratantes específicos. Então eles fizeram uma campanha que, inicialmente, pensei que iria ficar entre eles”.
A amiga a que Maira se refere é Luana Faria, que a conhece há 20 anos. “Ela me mandou uma mensagem pessoal dizendo que ia precisar de um monte de coisas durante o tratamento. Como o grupo da escola já tinha me oferecido ajuda, resolvi pedir, e assim surgiu a vaquinha.”, contou Luana.
Luana e Maira se conheceram na escola. Ela comentou que levou um susto ao saber da doença da amiga. “Quando ela chegou na minha casa para contar a história achei que ela estava brincando. Com 34 anos e um câncer tão agressivo, e eu que sou sempre alto astral, com bom humor, pela primeira vez ela me deixou sem palavras. Desde então, a gente está junto nessa, fazendo tudo que a gente pode de melhor. Amizade é isso”.
Depois de ter feito uma promessa, Luana pediu que Maira cortasse seu cabelo no hospital após a realização da cirurgia.
A força da amizade fez com que a vaquinha se espalhasse nas redes sociais. “A ideia era algo pequeno. Mas que bom que não está sendo”, comemorou.
“Eu tenho o apelido de ser a cola do grupo. Pois consigo juntar todo mundo sempre que posso. Apesar de ela viver às vezes em outros estados, nos falamos sempre e quando ela chega aqui em Guarapari ela logo me liga. Assim passamos um tempo juntas.”, explica Luana. O grupo é formado, além de Maira e Luana, pelas amigas Hilmara Maiole, Suelen Barreto e Prisciliane Mozer.
No momento, Maira precisa de um colchão adequado para o seu peso, pois tem sentido muitas dores na lombar, quadril e pernas. Além disso, o custo com transporte chega a 100 reais por semana e sessões recomendas de fisioterapia a 270 reais por mês. Apesar de não ser o objetivo inicial da vaquinha, Maira disse que toda ajuda é bem-vinda. Quem puder ajudar pode fazer através do Pix CPF 348.747.278-32, banco Sicoob.
Por fim, Maira fez um alerta para o diagnóstico precoce. “Aproveitando que estamos no Outubro Rosa, de conscientização do câncer de mama. Também quero reforçar que apenas não fiz o Papanicolau em 2021, nos outros anos estava tudo ok. Por causa da covid e outros problemas, não fiz em 2021. Consegui fazer um de emergência em junho deste ano e descobri que algo estava errado.”
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.