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Guarapari: Ana Paula Ribeiro fala sobre a trajetória na Ginástica Rítmica
A ex-atleta, nascida em 1989, teve a primeira chance de integrar a Seleção Brasileira Permanente de Ginástica Rítmica aos 12 anos de idade
Por Aline Couto
Publicado em 24 de setembro de 2023 às 13:00
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Atualmente morando nos Estados Unidos, a guarapariense Ana Paula Ribeiro competiu durante 17 anos na Ginástica Rítmica (GR) conquistando títulos ao longo dos anos, como o de campeã Sul-Americana e campeã Pan Americana. A ex-atleta, nascida em 1989, teve a primeira chance de integrar a Seleção Brasileira Permanente de Ginástica Rítmica aos 12 anos de idade.
Em 2013 abriu a primeira escola da modalidade esportiva; que mistura dança, elementos circenses e balé; na cidade natal. Hoje há 17 turmas distribuídas em seis unidades da escola Ana Paula Ribeiro Performance em Guarapari.
Ana Paula contou à Sou a trajetória no esporte, a importância da GR e os planos para o futuro. Confira:
Revista Sou: Como e quando a ginástica entrou na sua vida?
Ana Paula: A ginástica entrou na minha vida quando tinha nove anos. Fui a um pediatra em Vitória, e na consulta minha mãe pediu para mostrar a flexibilidade que tinha para saber do profissional se era normal. O médico indicou a ginástica rítmica, modalidade que não conhecia até aquele momento. Por conta dos treinos, cerca de quatro horas por dia, passei a ir todos os dias de Guarapari para Vitória. Estudava pela manhã e treinava a tarde.
Revista Sou: Quando iniciou nas competições?
Ana Paula: Iniciei as competições logo no primeiro ano que entrei da Ginástica Rítmica. Me qualifiquei em 10° lugar no Campeonato Brasileiro.
Revista Sou: Quais foram as maiores conquistas no esporte?
Ana Paula: Pentacampeã Brasileira individual; Tricampeã Brasileira de conjunto; Vice-Campeã Pan Americana Individual; Campeã da Copa Quatro Continentes por equipe; Campeã Sul-Americana e Campeã dos Jogos Pan Americanos.
Revista Sou: Competiu por quantos anos? Por que parou?
Ana Paula: Competi por 17 anos. Parei pela idade já avançada para a modalidade. A categoria adulta inicia aos 16 anos, e estava com 26 competindo com ginastas dessa idade. A diferença é bem grande. Apesar de ter mais experiências que as mais novas, também possuía mais lesões (risos).
Revista Sou: Como surgiu a ideia das escolas de ginástica?
Ana Paula: Surgiu em 2013, quando estava cursando a faculdade. Já pensava em abrir uma escolinha em Guarapari, porque nunca teve a modalidade na cidade. Queria dar a oportunidade dessas crianças praticarem um esporte lindo que oferece tantos benefícios. Quem pratica se apaixona! Atualmente temos 17 turmas em seis unidades localizadas em escolas na cidade.
Revista Sou: As aulas são para quais idades?
Ana Paula: Atendemos a partir dos três anos. Já tivemos uma turma para adultos em anos anteriores, e no momento estamos viabilizando o retorno dela. As mães das alunas pedem.
Revista Sou: Alguma aluna já competiu ou compete na modalidade?
Ana Paula: Elas competem na iniciação, treinam pouco para competir em níveis mais altos. O Espírito Santo é muito forte na ginástica. Seria injusto minhas alunas que treinam uma hora ou uma hora e meia por dia, duas vezes na semana, competirem com ginastas que treinam todos os dias durante três horas. Nosso foco não é a competição de alto nível. Ficamos no desenvolvimento intelectual, físico, moral, social e emocional da criança através da modalidade. Que elas criem afeição pela atividade física e levem isso para a vida adulta. Competições e apresentações fazem parte do desenvolvimento e são superimportantes, principalmente no emocional.
Revista Sou: Qual a importância da Ginástica Rítmica? Quais os benefícios do esporte?
Ana Paula: A GR desenvolve o corpo integralmente. As alunas trabalham equilíbrio, coordenação motora, força, flexibilidade e melhoram as noções de ritmo, já que é uma modalidade que envolve ginástica, malabarismo e dança.
Revista Sou: Qual o motivo da mudança para os Estados Unidos?
Ana Paula: Há uns anos visitei um ginásio de ginástica nos EUA e ministrei uma aula. A proprietária gostou do meu trabalho e me convidou para trabalhar. Entrei com pedido de Green Card para minha família poder ir junto, o que foi aprovado rapidamente. No entanto, com a pandemia da Covid-19 tudo atrasou. Após quatro anos, o visto de imigrante chegou.
Revista Sou: Com a mudança de país, como ficam as escolas que coordena?
Ana Paula: As escolinhas são como filhas para mim. No início precisavam muito da minha presença física nas aulas, já que em Guarapari ninguém entendia de Ginástica Rítmica. Muitas vezes nem conheciam a modalidade. Com o tempo fui criando uma equipe de professoras e as qualificando para ministrar as aulas. Hoje elas não precisam da minha presença efetiva nas aulas. Nem seria possível porque muitas acontecem simultaneamente em locais diferentes. Hoje controlo a qualidade do trabalho através de vídeos das aulas e reuniões com a equipe.
Revista Sou: Quais os planos para o futuro?
Ana Paula: Acabei de fazer uma grande mudança. Ainda estou me adaptando a nova rotina, nova língua, nova cultura. Dois trabalhos, um no Brasil e um nos EUA. Ainda não consigo planejar um futuro. Estou vivendo o momento.
@anapaularibeiroperformance
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