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Guarapari: suposto movimento grevista da construção civil termina em ameaças e depredação em obra
Polícia Militar chegou a ser acionada para garantir a segurança de todos e impedir ações de vandalismo
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 11 de julho de 2024 às 16:46
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Nesta quinta-feira (11) os trabalhadores da construção civil de Guarapari e empresários foram surpreendidos com ameaças, truculência e até depredação em obras da cidade. Câmeras de celular registraram imagens que mostram homens quebrando o padrão de energia de uma das obras na Praia do Morro.
A Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança de todos e impedir ações de vandalismo.
Há um áudio que está circulando em grupos de WhatsApp desde ontem (10), com ameaça aos trabalhadores da construção civil que insistirem em trabalhar. Confira um trecho do áudio:
“A partir de amanhã, (11), toda a companheirada de Guarapari não tem que entrar dentro da obra. Tem que chegar na obra e esperar o piquete passar, do lado de fora. Vamos estar com piquete arrastando tudo em Guarapari”, diz trecho do áudio de um dos diretores do sindicato dos trabalhadores enviado à vários grupos de WhatsApp.
No mesmo áudio, constam ameaças aos empresários. “Vamos amanhã mostrar para os empresários de Guarapari que nós estamos indignados com eles e nós queremos nosso aumento. Por que que todo mundo teve aumento e só Guarapari que não teve? Então dependemos de todos os companheiros hein.”
O movimento grevista, segundo informações, vem sendo realizado por trabalhadores do próprio sindicato que tem sede em Vitória e com baixa adesão dos trabalhadores de Guarapari. Apesar de terem sido ameaçados, os profissionais continuam trabalhando normalmente.
Há vídeos mostrando um caminhão do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintraconst) percorrendo a avenida Munir Abud, onde está localizada a sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Guarapari (Sindicig). No vídeo, o sindicalista alega que não há necessidade da presença da Polícia Militar para uma conversa entre sindicatos, no entanto no WhatsApp já houve registros de ameaças.
O que diz o Sindicig
O Sindicato da Indústria da Construção Civil de Guarapari informou que os trabalhadores da cidade praticamente não aderiram ao movimento, tendo em vista que já receberam o reajuste salarial previsto em convenção.
“O Sindicig assinou a convenção com o Sinduscon e o Sintraconst do reajuste de 3,4% que se refere a correção do IGPM – Índice Geral de Preços e Mercado, conforme já ocorre a convenção anualmente nos últimos 8 a 10 anos. Uma vez que existe ameaças, agressões, coerção perde o sentido legítimo do movimento grevista”.
Em Guarapari são 2.500 pessoas que trabalham diretamente na construção civil e não há adesão dos trabalhadores neste ato.
*Nota da redação: o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintraconst) foi procurado para comentar o caso, mas não retornou o contato.
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