Anúncio
Guarapariense é campeã estadual e vice-campeã brasileira de Tiro Esportivo
Por Glenda Machado
Publicado em 4 de julho de 2017 às 16:32
Anúncio
Tudo começou como uma brincadeira, mas não demorou muito e o tiro esportivo ganhou a vida de Tatiane Bourguignon, moradora de Guarapari. Entre tantos marmanjos, já faz sucesso no esporte em que ter boa mira faz toda a diferença. Rompendo preconceitos, a também professora e empresária já se coloca, em apenas cinco anos, entre os grandes do tiro no Espírito Santo. Vice-campeã brasileira e atual campeã no ranking estadual na categoria Damas, ela começa a mirar voos mais altos.
“Eu acompanhava o meu esposo que pratica o esporte desde pequeno. Comecei a atirar por diversão e na primeira competição para amadores eu ganhei o primeiro lugar. Falaram que u tinha jeito e acabei me apaixonando pelo esporte”, recorda Tatiana, sobre os primeiros passos no esporte.
E ela se desdobra para conciliar os treinamentos com as obrigações diárias. Apesar da correria entre sua loja, filhas e campo de treino, Tatiane não esconde o entusiasmo ao falar de sua paixão, o tiro. “Tudo começou de uma forma bem despretensiosa. Fiquei entediada somente em ver o meu esposo competir e acabei também atirando, apenas para passar o tempo”, reforça a atiradora que treina apenas duas vezes no mês, quando se desloca para o Clube Caça e Pesca, na Barra do Jucu.
Tatiane leva tanto jeito para o esporte que já defende o título de vice-campeã brasileira na prova de 50 metros do Trap 100 – modalidade que se destina a atirar em pratos que são lançados no ar. Atualmente, apenas 50 mulheres participam desta modalidade no Brasil.
Ela venceu a última etapa que aconteceu no dia 16 de junho e está a apenas seis pontos de diferença da primeira colocada. A última etapa será realizada em novembro no Rio Grande do Sul, mas a atleta acha que não vai disputar por questões financeiras. “O custo do esporte é muito alto e não tenho como arcar as passagens todas, hospedagem, pois não sou patrocinada. Pratica rum esporte no Brasil não é tão fácil assim”, lamentou.
Para tal, espera superar um velho problema: a falta de apoio. É que, segundo Tatiane, os equipamentos utilizados no esporte são muito caros, obstáculo que, apesar de tudo, ainda não foi capaz de abatê-la. “Nossos equipamentos são caros e, em todas as etapas, o custo da arma e da munição que utilizamos é sempre de responsabilidade do atirador. Além disso, o equipamento é pesado e sempre temos de pagar taxas devido ao excesso de bagagem, o que também complica nossa situação”, explica a atiradora.
A atleta que é filiada à Confederação Brasileira de Tiro Esportivos (CBTE) e a Federação Espirito-Santense de Tiro Prático (FESTP), disse que além desta modalidade compete nas modalidades silhueta metálica e ISPC Handgun. Nessas competições ela disputa até mesmo com homens e acredite, sai na frente de muitos deles. “É uma emoção diferente, não tem como explicar. Eu fico nervosa em cada competição e é isso que nos motiva. É essa adrenalina que me faz continuar”, disse Tatiane.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.
Tags: