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HFA recebe avaliação positiva em visita do Sindicato dos Médicos em Guarapari
Por Glenda Machado
Publicado em 20 de maio de 2018 às 12:01
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Com o objetivo de vistoriar a situação das unidades de saúde e hospitais do Estado, o Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes), realizou na última sexta-feira (18) uma blitz no município de Guarapari. Em visita ao Hospital Francisco de Assis (HFA), o sindicato avaliou de forma positiva a estrutura do hospital.
De acordo com o diretor financeiro do Simes, Dr. João Vicente Roeder, a conversa com os médicos do hospital foi muito positiva e não foi constatado nenhuma sobrecarga de trabalho, mas sim demora no atendimento aos pacientes.
“O serviço prestado é muito bom, a conversa com os colegas médicos foi positiva. Mas constatamos a necessidade de uma melhora na recepção dos pacientes. O Sindicato vai acompanhar e ajudar nessa busca de melhorias. A medida que for repassada essas necessidades nós vamos fazer tudo que está ao nosso alcance, procurar o prefeito, secretário de saúde, ministério púbico para que amplie essa visão boa que temos do hospital”, disse o diretor.
A superintendência do hospital reconhece a demora nos atendimentos, mas justifica que a prioridade do Pronto Atendimento Infantil é para os casos de urgência e emergência. “Infelizmente as unidades de saúde do município não conseguem atender a demanda, o hospital acaba ficando sobrecarregado, mas vamos continuar buscando soluções junto ao município para que isso esse resolva o mais rápido possível”, disse o superintendente do hospital, Jailton Pedroso.
Além do HFA as unidades visitadas no município foram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS ) de Santa Mônica. De acordo com o Sindicato, após este acompanhamento aos hospitais, o Simes reunirá toda a categoria local para levantar as reivindicações do profissional médico. Condições de trabalho, contratos de ”pejotização”, Piso Fenam, Defesa Médica no âmbito jurídico.
Sindicato denuncia sobrecarga de trabalho médico na UPA
Nem todas as unidades do município receberam avaliação positiva. Esse foi o caso da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Guarapari. De acordo com presidente do Simes D. Otto Baptista, a blitz no município inclusive foi motivada por denúncias na unidade.
Sobrecarga de trabalho e má remuneração foram as principais queixas. A situação avaliada pelo sindicato foi tão grave que eles consideram levar esse relatório até o Ministério Público Federal.
“Boa parte das denúncias foi motivada pelas condições na UPA. A principal queixa foi a sobrecarga de trabalho. São três médicos que chegam a atender 400 pacientes. Reunimos com a diretora da unidade e solicitamos o histórico de atendimentos desde o verão. Sabemos que alguns atendimentos são sazonais mas o que constatamos é que isso é frequente”, concluiu o presidente do sindicato.
Ainda de acordo com Otto a remuneração dos médicos fica muito aquém para um plantão de 12 horas ou 24 horas de trabalho. “Alertamos aos médicos sobre a precariedade das condições de trabalho e queremos que o município se manifeste com soluções o mais rápido possível”.
Em nota a prefeitura disse que “A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa)informa que em momento algum o sindicato pediu relatório do número de atendimentos e nem verificou prontuários. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) atendem quatro médicos durante o dia e três a noite, totalizando sete médicos a cada plantão de 24h. A UPA tem ainda mais um médico que realiza todos os dias que faz o serviço de regulação de internação.
A UPA possui também um ortopedista que atende toda terça e quinta, a partir das 13h é um médico de pequenas cirurgias que atende toda segunda-feira, a partir das 13h”.
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