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Homem inconformado com separação ateia fogo na casa da ex-companheira
Por Aline Couto
Publicado em 5 de abril de 2018 às 17:31
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Desempregada e mãe de dois filhos pequenos luta para se reerguer
Após perder tudo, em um ataque de fúria atribuído ao ex-companheiro que não aceitava a separação, Rosimaria Bressamini dos Santos, 38, se viu sem rumo. Desempregada e mãe de dois filhos, um com 6 e outro com 9 anos, a doméstica ficou sem ter para onde ir e com medo de permanecer onde morava, São Bento, distrito de São Roque do Canaã, Espírito Santo, por receio de represálias.
“Na véspera do ano novo, aproveitando que estávamos na igreja, meu ex-marido foi em um posto, comprou gasolina e jogou na minha casa colocando fogo em seguida. Minha vizinha e outros populares viram tudo”, conta Rosimaria que já havia solicitado uma medida protetiva em dezembro passado contra o ex-companheiro.
Segundo a doméstica, desde então ela e os filhos estão passando por muitas dificuldades. “Apesar de ter perdido tudo que tinha, não sobrou nada, preferimos sair de São Bento pelo perigo dele voltar e concluir o serviço, segundo o próprio confessou a algumas pessoas”.
Rosimaria procurou a mãe em Guarapari, Santa Mônica, e ficou um mês morando com ela e os filhos até que um pastor da Igreja do bairro ofereceu uma casa para ela permanecer até se ajeitar. “Saímos de São Bento somente com meus documentos e nossa roupa do corpo. Aqui em Santa Mônica encontrei apoio e solidariedade. Faço uns bicos e os vizinhos me ajudam muito”.
Após se mudar, foi procurar um local para os filhos estudarem. Mas não conseguiu vaga na escola do bairro e se viu obrigada a entrar com um processo no fórum, depois do insucesso na Secretaria de Educação de Guarapari. “Disseram que não tinha vaga para meus filhos e os colocaram em uma lista de espera. Depois de mais de 3 meses sem estudar, resolvi procurar ajuda no fórum, onde me falaram que a escola é obrigada a ter vaga para as crianças do bairro”.
Atualmente, Rosimaria está com outro dilema, o pastor que cedeu a casa para ela morar pediu que ela saísse até o final de abril porque a colocou para vender. E não pode voltar para São Bento porque o ex-companheiro está morando na cidade na casa da mãe. “Mesmo após o boletim de ocorrência ser feito e testemunhas ouvidas, o caso ainda não foi resolvido”, lamentou.
O titular da Delegacia de Polícia de Santa Teresa, no Espírito Santo, onde o Boletim de Ocorrência (BO) foi feito, Olair José dos Santos, contou que o inquérito policial foi instaurado e que falta ouvir o suspeito. “Ele não tem mandando de prisão por isso está livre e na próxima semana será convocado para ser ouvido sobre o ocorrido”, explicou.
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