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Mineiros fazem campanha “Não viaje para Guarapari”
Por Glenda Machado
Publicado em 22 de outubro de 2015 às 21:17
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Os valores do pedágio para turista já foram definidos: R$ 3,00 para motos, R$ 6,00 para carros e R$ 9,00 para ônibus
A notícia do possível pedágio para turista já está trazendo resultados para Guarapari. Mas não o esperado pelo autor do projeto, o presidente da Câmara de Veredaores Wanderlei Astori. Para quem tinha dúvidas quanto ao impacto do projeto de lei para o turismo, aqui está apenas um exemplo: um grupo de mineiros que viria passar a virada do ano na cidade decidiu ir para outro lugar e ainda está fazendo uma campanha entre as agências de turismo, de viagens e de publicidade da capital mineira – “Não viaje para Guarapari”.
“Nós sempre vamos com um grupo grande de 60 pessoas, mas diante desta notícia já estamos vendo outros destinos como Cabo Frio no Rio de Janeiro. Primeiro foi aquela declaração infeliz do prefeito no início do ano dizendo que não quer mineiro pobre na cidade e agora o digníssimo presidente quer cobrar pra entrar na cidade. É uma pena, porque gostamos muito do povo capixaba, é um povo hospitaleiro, mas temos que procurar um lugar onde somos bem-vindos”, afirma o empresário de Belo Horizonte, Emerson Amaury dos Santos.
Ele e mais um grupo de amigos que atuam diretamente no setor de turismo já estão divulgando a campanha boca a boca na cidade. No entanto, a ideia é até criar uma página nas redes sociais com o slogan e até distribuir folders com a notícia. “Parece que a classe política está perseguindo os mineiros. A maioria dos turistas é de Minas Gerais. Gostamos de Guarapari porque é um lugar com grande oferta de imóveis, com preços acessíveis, baixa criminalidade. Mas com essa política, só vai espantar cada vez mais os turistas. Não é nem pelo valor, mas pela atitude”.
O projeto de lei prevê a cobrança de uma taxa de preservação ambiental, sendo R$ 3,00 para motos, R$ 6,00 para carros e R$ 9,00 para ônibus. Serão instalados três pontos na cidade: um na Rodosol, outro na BR 101 e mais na divisa de Guarapari com Anchieta. O dinheiro arrecadado será administrado por uma comissão formada por representantes do poder público e da sociedade, sendo 50% destinados para a recuperação das nascentes dos rios, 25% para a saúde e 25% para o turismo. A Câmara marcou uma audiência pública para debater o assunto no dia 5 de novembro às 18h no plenário da Casa de Leis.
“Estamos vivendo um período de seca não só em Guarapari, mas em todo o Estado e o País. E ninguém está fazendo nada, não adianta fazer só obras de melhorias para captação, mas temos que recuperar as nascentes, porque não adiante ter obra se não tiver água. Eu me senti no dever de fazer algo, de contribuir de buscar uma alternativa. Além de também ser uma forma de captar recursos para investir na saúde e no turismo, ou seja, o dinheiro será revertido em serviços também para os turistas. Vamos fazer a audiência para ouvir a opinião da população e para explicar o projeto e depois será colocado em votação com o objetivo de entrar em vigor ainda neste verão”, explica o presidente.
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