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Jovem que teve intestino retirado em praia de Guarapari passa bem; pais fazem relato emocionado
O caso ocorreu há cerca de duas semanas, os familiares acreditam que o casal sofreu um ataque e não conseguem entender o motivo de tanta violência
Por Carolina Brasil
Publicado em 1 de fevereiro de 2022 às 09:20
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Nessa segunda-feira (31), um caso fora do comum, ocorrido na madrugada do dia 16 deste mês, na Praia do Ermitão, em Guarapari, veio à tona causando surpresa e muitas questões duvidosas via imprensa e grupos de mensagens por aplicativo. O que se sabe é que dois jovens, de 20 e 21 anos, teriam saído para se divertir, acabaram experimentando uma droga sintética e, depois de um “apagão”, acordaram com a seguinte cena: ambos machucados, mas o rapaz gravemente ferido por uma evisceração – barriga cortada e partes o intestino para fora.
Muitas informações desencontradas surgiram: que ela, estudante de medicina, teria realizado uma “cirurgia” no rapaz; que o fato teria acontecido no último fim de semana após uma festa; que a jovem já estaria fora do país e que o rapaz corria risco de morrer.
Diante de tantas versões para o caso, a equipe do folhaonline.es conversou exclusivamente com o pai do rapaz e a mãe da jovem, que relataram tudo que presenciaram naquela madrugada, além do que foi contado pelo casal, apesar de eles alegarem poucas lembranças do que de fato aconteceu. Os nomes fictícios Alex e Joana serão adotados nesta matéria para preservar as identidades.
Pai e mãe contam que o casal saiu para fazer um luau a dois para se despedir, o rapaz faria uma viagem internacional. “Eles nos contaram que estavam bebendo vinho, usaram uma droga de ‘papelzinho’ e que não se lembram de mais nada a partir dos minutos seguintes”, relatou a mãe.
“Joana não é estudante de medicina, faz pré-vestibular. Nossos filhos não são usuários de drogas, fizemos exames toxicológicos que comprovam que eles nunca usaram antes, foi um momento de estupidez”, completaram. Para os pais, os filhos foram covardemente atacados e pedem a empatia das pessoas.
Jovem pede socorro
A mãe de Joana recebeu o seguinte relato da filha: “À 1h da madrugada comecei a ligar para ela que não atendia, às 2h20 atendeu e eu só ouvia um pedido de socorro Joana não respondia às minhas perguntas, mas dizia vai ‘me matar, vai me matar, socorro’, isso insistentemente; um tempo depois ouvi uma voz ao fundo, que parecia ser do Alex, dizendo ‘Morro da Pescaria, Morro da Pescaria, Morro da Pescaria’, foram três vezes. Saí desesperada, procurei por uma hora e nada; voltei, falei o meu marido que a encontrou já na saída do Morro da Pescaria, com lesões no corpo, algumas que acreditamos ser também de correr a trilha. Mas ela sofreu uma pancada forte na cabeça, tinha um hematoma, cortes no corpo e na lateral na mão. O médico que fez a sutura disse para a gente que a posição dos cortes indicava que ela usou as mãos para se defender. Com ajuda de outras pessoas e da chegada do Samu, meu marido conseguiu socorrer também o Alex. Levamos Joana para a UPA de Guarapari, mas logo depois a transferimos para Anchieta”.
Rapaz ainda está hospitalizado
Apesar da gravidade, Alex deve receber alta em breve. Na ocasião, ele foi socorrido e posteriormente levado para um hospital particular na Serra, onde passou por cirurgias. O estudante universitário já saiu da UTI, está no quarto e sem risco de morrer. “Quando Alex foi socorrido ele estava com fratura no rosto, olho e boca machucados e inchados, orelha dilacerada nariz quebrado, cortes fundos na testa, fratura nas costas, pulmões lesionados, que acreditamos ser devido a pancadas, e o mais grave, o corte na barriga com intestino delgado exposto. Foi preciso fazer a reconstrução óssea de parte do rosto com platina, o que indica que ele foi fortemente golpeado e fez também cirurgia no nariz”, contou o pai.
Polícia Civil investiga o caso
Procurado, o órgão se posicionou em nota:
“A Polícia Civil informa que o fato é de conhecimento da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari, que já iniciou diligências para elucidar o caso. Até o momento não há como afirmar que a namorada da vítima esteja envolvida. Nenhum suspeito foi detido e detalhes da investigação não serão divulgados, por enquanto.
A Polícia Civil destaca que a população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas.”
Famílias divulgam nota
Confira a íntegra da nota divulgada pelo advogado que representa às famílias:
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