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Livro que conta história de mítico festival de verão será lançado em Guarapari
Obra do jornalista capixaba Eduardo Maia celebra os 50 anos do “Guaraparistock”
Por Pedro Henrique Oliveira
Publicado em 8 de abril de 2024 às 12:00
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O jornalista Eduardo Maia lança no próximo sábado (13) em Guarapari o livro “Memórias da Liberdade – 50 Anos do Guaraparistock” (Editora Cândida). A obra relembra a história do Festival de Verão que movimentou a cidade no início dos anos 70. O lançamento ocorre no 1° piso do Shopping Guarapari a partir das 17h.
Cercado de mitos e histórias, o Festival de Verão de Guarapari, que ocorreu em 1971, pode ser classificado como um movimento revolucionário em terras capixabas. Em meio a ditadura militar, jovens resolveram organizar um festival de música, inspirado no lendário Woodstock, nas Três Praias.
Considerado o primeiro festival de música a céu aberto do Brasil, reuniu nomes como Milton Nascimento, Os Novos Baianos, Luiz Gonzaga, Taiguara, Tony Tornado e os capixabas Aprígio Lyrio e Cris Portela. O evento é lembrado, sobretudo, pelo salto que Tornado deu do palco, que acabou atingindo uma espectadora.
Eduardo conheceu a história do “Guaraparistock” em conversas na casa de seu tio, o também jornalista Pedro Maia, que era amigo de Rubinho Gomes, um dos organizadores do festival. Durante a faculdade, Eduardo sempre mergulhou em pautas voltadas à música capixaba e decidiu que o festival de verão seria o tema do seu Trabalho de Conclusão de Curso.
“Depois da faculdade, aprimorei o livro. Acrescentei mais entrevistas, mais fotos e informações, e reformulei os textos para chegar a ponto de lançá-lo”, contou o jornalista, em entrevista no ano passado, ao folhaonline.es.
“Memórias da Liberdade” conta com entrevistas de Paulinho Boca, dos Novos Baianos, Arnaldo Brandão, da banda A Bolha, e da dupla sertaneja pioneira Celma & Célia, que acompanhou o cantor Erasmo Carlos na viagem.
Questionado sobre a pesquisa para a produção do livro, o autor conta que buscou em diferentes fontes, e encontrou registros de vários jornais da época – estima-se que cerca de 200 profissionais do Brasil e do mundo tenham vindo acompanhar o festival.
“Consegui colocar algumas fotos raras no livro, uma delas é do Erasmo Carlos tocando na praia, outra 100% inédita que pega o momento exato da prisão do turista suíço. O festival foi amplamente coberto pela imprensa da época, então há muito texto e relato interessante”, detalhou.
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