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Lixo nas orlas: falta de educação ou do reforço da limpeza?
Por Glenda Machado
Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 11:25
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Ações de conscientização, mutirões de limpeza, distribuição de sacolas, instalação de mais lixeiras e até containeres para o descarte do coco. Todas essas ações nas praias não foram capazes de evitar que cenas como essa da foto fossem cotidianas neste verão. Depois de um dia de diversão, a cena é sempre a mesma: muito lixo espalhado pela areia.
Diante dessa imagem lamentável vem uma pergunta à cabeça: O que falta para se ter uma praia mais limpa na alta temporada, um reforço maior por parte da prefeitura ou mais educação por parte dos frequentadores? Na verdade, a solução seria uma ação em conjunto onde cada um fizesse a sua parte como a velha e sábia história das formiguinhas.
A Prefeitura informou que houve um reforço na limpeza das praias no verão: mais 165 funcionários foram contratados. Eles são responsáveis por cuidar exclusivamente das areias das orlas com maior movimentação na alta temporada, como Praia do Morro, Praia das Castanheiras, Praia da Areia Preta, Bacutia, Peracanga, Guaibura, Meaípe, Setiba, Santa Mônica e Recanto da Sereia.
“Dos 165, são 40 só na Praia do Morro. Eles não trabalham ao mesmo tempo, cumprem regime de escala. À noite também fazemos a limpeza geral. Entregamos uma praia limpa às 6h da manhã, mas meio dia já está insuportável”, conta o prefeito Orly Gomes.
O diretor de Limpeza Pública, Joaquim Capistrano de Souza, completa: “Também foram instaladas mais 450 lixeiras nas orlas de Meaípe à Setiba. Só na Praia do Morro foram 100 novas lixeiras além de 21 containeres de plástico rígido para o descarte exclusivo do coco que ficam entre um quiosque e outro”.
Para a turista carioca Mara Luciana, não há o que reclamar da limpeza nas praias. Mas ela ressalta que falta educação por parte de muitos banhistas. “Sempre que chegamos de manhã, a praia está limpa. Ao longo do dia que vai ficando suja. Nem sempre tem lixeira por perto, mas se cada um levar sua sacolinha e recolher o próprio lixo como eu faço, já ajuda a manter a praia limpa”.
E foi exatamente a ausência de ações de conscientização que chamou a atenção do turista mineiro Marcos Nobre. “Acho que se tivessem pessoas circulando pelas orlas informando e lembrando da importância da limpeza, muitas pessoas ficariam com vergonha de jogar o lixo na areia”.
Embora um pouco tardio, a prefeitura começou uma campanha de conscientização e distribuição de sacolas que faz parte do projeto “Praias Limpas”. A primeira ação aconteceu no dia 10 de janeiro na Praia do Morro. A ação acontecerá nas principais orlas do município até o dia 6 de fevereiro.
Veja quanto tempo cada material demora para se decompor no mar:
MATERIAL | TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO |
PAPEL | 3 a 6 meses |
PANO | 6 meses a 1 ano |
CHICLETE | 5 anos |
FILTRO DE CIGARRO | 5 anos |
MADEIRA PINTADA | 13 anos |
NYLON | + 30 anos |
LATA DE ALUMÍNIO | 80 a 100 anos |
METAL | + 100 anos |
PLÁSTICO | + 100 anos |
VIDRO | 1 milhão de anos |
BORRACHA | indeterminado |
Reportagem: Lívia Rangel
Leia mais sobre limpeza pública, acesse: https://folhaonline.es/index.php/producao-de-lixo-aumenta-55-na-alta-temporada/
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