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Mãe questiona conduta da escola com filho autista em Guarapari
Por Carolina Brasil
Publicado em 4 de junho de 2019 às 12:43
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Após uma crise, a criança teria sido trancada em uma das salas da instituição de ensino.
Uma mãe de Guarapari, que terá a identidade preservada, questionou a conduta de profissionais da escola municipal Florisbela Lino Bandeira, localizada no bairro Jardim Boa Vista. De acordo com ela, o filho, que tem 10 anos e é portador de autismo, foi trancado sozinho em uma sala durante um momento de crise. “Quando a crise começou, logo me chamaram na escola. Quando cheguei, ele estava na sala trancado e sozinho. Eu sei que ele é agitado e as crises fazem parte do comportamento dele, mas não concordo com a decisão de trancarem ele. Acho que não estão sabendo lidar com a condição do meu filho”, declarou.
Ela também contou que, durante o fato, ocorrido na última semana, um vídeo teria sido gravado uma profissional da escola sem a permissão da família. “Tomei conhecimento do vídeo, falei com diretora e solicitei a pessoa que teria feito o envio da gravação, mas nada aconteceu. Agora, ninguém sabe”.
Procurada, a Prefeitura de Guarapari respondeu em nota:
“Ao tomar ciência do ocorrido, a Secretaria Municipal de Educação (Semed), por meio da Equipe de Educação Especial, esteve na EMEIEF Florisbela Lino Bandeira para averiguar a situação. A direção da escola informou que o aluno, em momento atípico, ficou bastante agitado. Assim, para resguardar o aluno, bem como preservar a sua integridade física, a escola decidiu levá-lo para uma sala juntamente com as pedagogas, a fim de impedir que o aluno se machucasse. Imediatamente foi feito contato com a mãe para que a mesma pudesse comparecer ao local e tomar ciência da situação. É importante ressaltar que nenhum momento houve ação de constrangimento ou maus-tratos. O aluno estuda nessa unidade escolar, desde a pré-escola e sempre foi atendido com muito carinho por todos os profissionais. A Secretaria Municipal da Educação esclarece que sempre orienta os profissionais para não se utilizarem de práticas de gravação de vídeos e/ou fotos sem autorização prévia da família.”
Apuração: Sara de Oliveira
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