Magalhães quer aumento salarial de 61%

Nesses últimos dias o assunto na cidade tem sido um só, o aumento salarial do prefeito. Edson Magalhães (PPS) encaminhou a Câmara dos Vereadores um ofício protocolado na Casa de Leis no dia 20 de março, onde solicita um reajuste salarial para o prefeito, vice-prefeito, secretários e procurador-geral do município.
O aumento gira em torno de 62%. O vencimento do prefeito passaria de R$ 7,2 mil para R$ 11,6 mil. Já o do vice-prefeito que hoje é de R$ 3,5 mil aumentaria para R$ 5,8 mil e o procurador e os secretários teriam os salários de R$ 5,4 mil. O pedido de reajuste surge em meio à crise econômica e à redução das receitas dos municípios.
Outra classe que reivindica reajuste salarial são os servidores públicos, em greve desde segunda-feira passada (13). Os funcionários pedem 20% de aumento que de acordo com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Guarapari (Sintrag) há 16 anos estão sem reajuste. O salário base do servidor público hoje é de R$ 350,00.
De acordo com o ofício, Magalhães diz que os vencimentos de Guarapari, não são compatíveis com os dos prefeitos da Grande Vitória. O prefeito ainda menciona que o município tem uma população de 112 mil habitantes e que no verão esse número chega a 500 mil. “Evidente que o município de Guarapari (…) não poderá exigir que o seu governante e sua equipe de trabalho possam desenvolver um governo desenvolvimentista e pautado na seriedade administrativa percebendo vencimentos que não sejam dignificantes”, disse Magalhães no ofício.
O projeto entrou em pauta na sessão extraordinária de ontem (16), mas não foi votado por falta de coro. O presidente da Câmara, José Raimundo Dantas (PRP) concorda com a proposta do Executivo e disse que fez consultas à Assembleia Legislativa e ao Tribunal de Contas para confirmar a legalidade. Mas afirma que o momento do pedido de Magalhães pode ser impróprio devido à situação financeira da região.
A Câmara Municipal aprovou, no ano passado, um aumento para prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores. Mas, a proposta foi vetada pelo então prefeito Antonico Gottardo (PHS).