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Meninos prodígios do surf em Guarapari estão de olho no futuro
Por Glenda Machado
Publicado em 6 de agosto de 2017 às 11:30
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Em cada remada a vontade de chegar ainda mais longe. A cada onda a realização de um sonho mais presente. É assim que os meninos Emanuel Bigossi, Josué Marin e Patrick Cassilini, dividem a grande paixão pelo surfe. Prodígios de Guarapari, eles se desdobram entre escola, família e o mar para dar conta da série de campeonatos que participam.
De acordo com Emanuel Bigossi, atual campeão estadual sub-14, o esporte surgiu na vida dele ainda bem novo, inspirado pelo pai Themistocles Bigossi. “É muito bom ter esse incentivo do meu pai. Pretendo continuar praticando o esporte e quem sabe participar de um mundial”, disse empolgado.
Um grande orgulho para o pai que leva o filho em todas as competições que consegue. “Ver meu filho surfando nas ondas é a realização de um sonho para mim. E eu me desdobro para leva-lo em qualquer competição que aparece”, completou Themistocles.
Já o menino Josué disse que começou a surfar mesmo para emagrecer e acabou tomando gosto pelo esporte. “Eu comecei a surfar com meu pai. Na época eu era meio gordinho e fiz para emagrecer mesmo. Depois eu continuei e quando vi os outros meninos competindo resolvi entrar também e estou conseguindo bons resultados até agora”, explicou ele que surfa desde os quatro anos.
Inspirados nos atletas do momento: Gabriel Medina, Felipe Toledo, Mineirinho, ou até mesmo os estrangeiros Kelly Slater, Mick Fanning e Jonh John Florence, o atleta Patrick Cassilini também pretende chegar em lugares mais altos. “Eu comecei bem cedo, com meu pai. Ele é surfista e me levava para a praia com ele. Aí depois de uma certa idade comecei a ficar melhor e competir com os outros da minha idade. Surfar é muito bom, é a melhor coisa”.
De olho no futuro
Aproveitando o bom momento do esporte, no cenário nacional e mundial, a Federação de Surf do Estado do Espírito Santo (Fesurf) está se organizando e de olho nas olimpíadas de Tóquio. Agora o esporte é olímpico e uma grande oportunidade para os atletas do
município.
Quem explica essa história é um dos membros da diretoria, Alex Willians. Ao lado do diretor Vladimir Bittencourt e o presidente, Marco Antônio Dedinho, eles pretendem elevar o surf estadual a outro nível. “A mossa ideia hoje é fomentar o estadual, tanto que lançamos agora o Circuito Estadual Bahamas Surf-Pro, com quatro etapas. Uma agora em agosto na Praia do Morro, outra em setembro em Setiba, outubro na praia de Solemar na Serra, e novembro na praia D’ulé, novamente em Guarapari. Vamos ficar de olho nos atletas prodígios e elevar o nível do surf no nosso estado”, explicou.
Além dos meninos prodígios vários atletas profissionais também estão aqui no município como: Caio Freire, Marcelo Mesquita, Fabricio, Diogo Leão, que chegou a participar de mundial, e outros surfistas. “Guarapari é um celeiro agraciado para os esportistas da modalidade”, completou Alex.
Para se inspirar
Em Guarapari, a geração da década de 80 tinha como referência Tom curren e Martin Poter, no cenário nacional era o Dadá Figueiredo e também os capixabas Nelson Ferreira e Nilton Miranda.
É o que diz o surfista Cid Lisboa. Ele que foi um dos precursores do surf na cidade ao lado de Evandro Rabelo, o saudoso Mario Sérgio, Rob Zé, Chequetto e Marcelo Magnago. “Já tivemos uma fase muito boa no esporte aqui no município. Tínhamos campeonatos municipais. Eu mesmo já fui campeão sete vezes. Esperamos que o esporte tenha mais apoio e incentivo para essa nova geração”, disse.
Ele que não parou no surf, compete até hoje na categoria máster. E ao lado do filho Yuri Lisboa, faz diversas ‘trips’ pelo Brasil e também no mundo. “Surfar ao lado do meu filho é muito emocionante. Vê-lo evoluir no esporte é algo que me deixa super feliz. Estamos sempre programando uma viagem juntos”, contou Sid que está arrumando as malas para viajar para o Peru e também para a Califórnia.
E não importa a idade, o surf caiu nas graças de todos. Criança, adulto, adolescente ou idoso. Para José Agérico (Gegeco), o esporte foi muito importante para a sua saúde. Ele que jogava bola desde novo, não aguentava mais as lesões e procurou em outra prática o bem estar. “O contato com a natureza e o ambiente que só depende de você e a onda perfeita. É o esporte perfeito”, disse.
Para Marília Baltar, além da qualidade de vida o esporte trouxe o amor. Ela que namora com o surfista Lucas Pitanga, agora aproveita junto com ele as ondas dos picos da cidade. “Eu sempre gostei do mar, mas não sabia surfar. Até que conheci o Lucas e começamos a namorar a partir daí. Surfar junto com o namorado é um grande incentivo”, explicou.
Membro da Federação de Surf, Alex Willians também começou a surfar desde os oito anos de idade. “Voltei a surfar faz um ano e meio, sou um dos dirigentes da federação, surfista e competidor. Amo Guarapari, amo praia (risos). Lembro das primeiras pranchas que eu ganhei dos meus pais. E pretendo continuar curtindo essa energia”, finalizou.
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