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Moradora de Guarapari realiza transplante após vaquinha, mas não resiste
Taiana fez uma vaquinha online para custear a estadia em São Paulo enquanto aguardava doador para receber um novo coração
Por Aline Couto
Publicado em 24 de novembro de 2020 às 14:35
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“Ela conseguiu bater a meta da vaquinha, viajou para São Paulo e fez o transplante de coração. Foram cerca de dois meses de espera pelo órgão. Ela trocou o coração na sexta-feira (20), mas ele não bateu no peito dela que veio a falecer no sábado (21). Ela teve DPE* no pós operatório, acontece com 10% dos transplantados”, contou um familiar de Taiana Matos, de apenas 28 anos.
A batalha da jovem pela saúde começou desde a infância, quando passou por duas leucemias. “Aos oito anos começou minha luta, e por conta de tanta quimioterapia adquiri insuficiência cardíaca, cardiomiopatia dilatada e tenho um cardiodesfibrilador implantado. O caso se tornou complexo há dois anos e meu nome entrou na lista para o transplante. Após uma intercorrência no mês passado, não tenho mais tratamento medicamentoso e me tornei prioridade na lista”, contou Taiana em setembro deste ano quando iniciou a vaquinha para os custos da viagem em busca de um novo órgão.
O enterro aconteceu nesta manhã (24) em Guarapari e a jovem deixou marido e dois filhos, um de 10 anos e outro de um ano.
*A Disfunção Primária de Enxerto (DPE) é uma síndrome de disfunção cardíaca que ocorre no período pós-operatório imediato após o transplante cardíaco, sendo a principal causa isolada de morte nos primeiros 30 dias após o transplante
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