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Moradores de Guarapari esperam mudanças no campo profissional e político em 2022
Para muitos, o ano representa a retomada da esperança
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 31 de dezembro de 2021 às 09:00
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Eleições, Copa do Mundo, controle da pandemia. Esses são só alguns dos temas que passam pela cabeça dos brasileiros até meia noite do dia 31 de dezembro. Após dois anos de uma pandemia que só agravou a vulnerabilidade social no país, moradores de Guarapari falam sobre as expectativas para 2022, ano que segue sendo desafiador mas, para muitos, representa a retomada de uma esperança em aspectos pessoais, profissionais e sociopolíticos.
Para a cientista social Lívia Fantinato, de 22 anos, o próximo ano marca o início oficial da vida profissional. Recém-formada no curso de Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), ela espera a tão sonhada vaga de professora, além de oportunidades no campo da pesquisa científica.
“Venho pensando 2022 como um ano de possíveis mudanças, e espero que sejam boas. Tenho esperança que a pandemia diminua cada vez mais, juntamente com o aumento da população vacinada, e que, no cenário político, venha a transformação necessária através das eleições”, aponta a moradora do bairro Perocão.
Já Leilson Silva Santos, de 48 anos, espera que 2022 siga sendo marcado pela retomada econômica iniciada em 2021. O morador do bairro Concha D’ostra trabalha com a construção e reforma de embarcações e percebeu um avanço nas vendas em relação a 2020. Também será o ano em que ele irá tomar a terceira dose da vacina contra a Covid-19, doença que levou tios e conhecidos do morador. “Essa pandemia maltratou muita gente, mas a vida precisa seguir. A primeira coisa que tem que ter é fé em Deus”, declara.
“Que o Brasil seja campeão da copa do Mundo”, brinca a professora Júlia Benfica quando questionada sobre as expectativas para 2022. Além da competição esportiva que acontecerá no mês de novembro, no Catar, uma das preocupações da profissional é em relação às festas com grandes públicos que já estão voltando. “Se a gente realmente tiver um Carnaval, que as pessoas se conscientizem sobre se vacinar antes de sair pra aglomerar”, ressalta.
Moradora do bairro Santa Mônica, as preocupações da educadora vão além do Carnaval e do hexacampeonato para a seleção brasileira. Considerando o contexto político do país, ela também está apreensiva com as eleições. Isso porque, em outubro, os brasileiros vão às urnas para definir quem vai ocupar os cargos de presidente da República, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais.
“Meu maior medo é que, num ano de eleições, o negacionismo em relação a pandemia faça com que as pessoas esqueçam que foram dois anos muito difíceis, com muitas perdas e isso acabe refletindo numa eleição em que quem ganhe seja uma pessoa que se aproveita da fragilidade socioeconômica em que estamos pra crescer em cima disso”, ressalta.
No campo profissional, a professora de história conta que o maior medo é que as aulas voltem a ser remotas, modelo de ensino que foi necessário, mas extremamente desafiador durante a pandemia. A esperança dela é conseguir abrir um diálogo maior entre a realidade dos alunos e a própria educação. “Que eles possam ver a escola como um espaço de aprendizagem a partir da experiência, das relações e da valorização de poder estar junto”, destaca.
Reportagem: Sara Oliveira.
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