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Moradores do entorno do pedágio querem passe livre
Por Glenda Machado
Publicado em 2 de outubro de 2015 às 21:54
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Também reivindicam tarifa única para as placas de Guarapari
Moradores do entorno do pedágio vão ingressar na justiça para reivindicar mais um direito como cidadão – o direito de ir e vir. Eles querem passe livre no pedágio tendo em vista que a maioria mora em Guarapari, mas trabalha na Grande Vitória. Outra justificativa é que o comércio mais próximo, como padaria e supermercado, está do outro lado da praça de cobrança. A situação se repete quando é preciso realizar consultas médicas.
Com isso restam duas alternativas: toda vez desembolsar R$ 14,20 de pedágio (ida e volta) ou enfrentar cerca de 16 km (ida e volta) até o bairro mais próximo que é Setiba. No caso da segunda opção, os moradores ainda terão de enfrentar o alto preço da gasolina para quem tem carro próprio ou a longa espera por ônibus do transporte coletivo – outro problema na região.
“A situação é complicada. Pagamos impostos em Guarapari. Mas muitos moradores trabalham do outro lado e a despesa é alta, dói no bolso da gente. Quem precisa ir de segunda a sábado, por exemplo, gasta mais de R$ 340 por mês só de pedágio. Há dois anos estamos tentando negociar, mas o jeito vai ser recorrer à justiça para garantir o nosso direito de ir e vir”, afirma a presidente da Associação dos Amigos da Praia do Sol, Néia Lima.
De acordo com ela, hoje há mais de sete mil moradores na região e não existe nenhuma via alternativa para ter acesso aos bairros. “É um absurdo, porque qualquer pessoa que quiser entrar em Guarapari tem que pagar, seja pela Rodovia do Sol ou pela BR 101 – onde a tarifa custa R$ 3,50. Nós temos direito do passe livre pela Constituição Federal”, destaca Néia.
Para discutir o assunto será realizada uma audiência pública no dia 13 de outubro a partir das 19h no bairro Village do Sol, km 31, cerca de 2 km do pedágio. Na ocasião também será reivindicada a tarifa única para as placas de Guarapari. “O preço é alto, então seria mais justo que os moradores daqui pagassem apenas uma tarifa. Afinal, nós fazemos parte da Região Metropolitana”.
A Rodosol informou que foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Departamento de Estradas e Rodagens do Espírito Santo (DER-ES) e Ministério Público Estadual (MPES) estabelecendo quem tem direito à isenção da tarifa do pedágio. “Hoje tem direito ao passe livre os proprietários de imóveis localizados na área com edificação e moradia antes da instalação da praça do pedágio”, consta em nota.
Mas para a presidente da associação, o termo interfere e prejudica o desenvolvimento da região. “Ninguém vai querer investir aqui porque terá de pagar pedágio. É injusto com os novos moradores, porque quem tinha casa antes do pedágio tem passe livre e quem veio depois não tem esse direito? Queremos respostas e é o que vamos buscar na audiência”.
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