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Moradores protestam contra ações em área de preservação ambiental em Guarapari
Por Redacão Folha Vitória
Publicado em 27 de março de 2017 às 16:18
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Por dois dias consecutivos, moradores de uma área na região de Village do Sol, no extremo norte de Guarapari, fecharam a Rodovia do Sol, na quinta e sexta-feira, em protesto a uma ação realizada na quinta-feira (24) que retirou ligações clandestinas de emergia elétrica, cercas e até construções da área.
O terreno é uma área de proteção ambiental da prefeitura de Guarapari, próximo ao local onde existe a possibilidade de construção de um aeroporto. No começo da tarde de sexta-feira os moradores do local fizeram uma barricada de pneus e madeira e fecharam a rodovia nos dois sentidos. De acordo com Ueslei Sena Leão, morador da área em questão, o que os moradores querem é uma resposta da prefeitura.
“Tem gente que vive aqui há mais de três anos e de repente a prefeitura chegou e começou a derrubar as casas. Não sabemos o que temos que fazer. Ninguém conversa conosco. A maioria aqui tem recibos de compra do terreno da imobiliária. Pagamos pelo terreno”, disse Ueslei.
Mas a prefeitura tem outra versão para a situação. Na tarde de sexta-feira (27), a secretaria de fiscalização explicou que a área em questão é de proteção ambiental e que pertence à prefeitura. A secretária de fiscalização, Cláudia Martins da Silva, mostrou uma pasta com várias notificações que foram entregues aos moradores do local pedindo que aqueles que compraram o terreno na área procurassem a secretaria para comprovar a posse.
“Desde o começo do ano estamos procurando as pessoas que moram na área e pedindo que comprovem a compra do terreno, mas ninguém procurou a secretaria para provar a compra. Nesta ação, a prefeitura derrubou as cercas de alguns lotes. Foi a PM Ambiental que, através do Iema, derrubou algumas construções que ainda não estavam finalizadas. As casas onde moram pessoas, estão sendo cadastradas e as famílias receberão acompanhamento da Setac”, explicou a secretária.
Ainda de acordo com a secretária, as famílias que de fato moram no local receberão acompanhamento, mas não poderão continuar morando na área. “Algumas casas foram construídas nos alagados. O lençol freático está a poucos metros de profundidade. A EDP também fez ação no local retirando as ligações clandestinas de energia. Eles enterraram um cabos de energia a poucos centímetros de profundidade”, finalizou a secretária.
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