Moradores se unem para transformar terreno baldio em área de lazer em Guarapari

Os bons exemplos devem ser mostrados e replicados. Há alguns anos os moradores do bairro Kubitschek cansaram de esperar o poder público fazer algo para melhorar a qualidade de vida deles e resolveram que era hora de colocarem a mão na massa.

O antigo campo de futebol do bairro estava abandonado há vários anos e com isso o bairro perdia uma das poucas áreas que tinham para o lazer. Eles resolveram então assumir a responsabilidade e começaram a fazer mutirões para transformar aquela grande área devoluta em algo positivo para a comunidade.

Arrecadando dinheiro com os comerciantes do Kubitschek, eles pagaram a terraplanagem, a grama e tudo o mais que era necessário para o campo voltar a ser usado pela comunidade. E não pararam por aí: em uma área atrás do campo foram construídas quadras para vôlei e também um parquinho para as crianças, tudo feito com a mão de obra dos moradores e contribuição financeira dos comerciantes locais.

O que era um terreno baldio e cheio de mato foi transformado em área de lazer e campo de futebol para os moradores.

O valor estimado gasto até hoje em benfeitorias no terreno é de R$ 70 mil. E o detalhe mais interessante: todo este valor vem da própria comunidade. Não há dinheiro público investido na área.

“Eu tinha acabado de voltar de um período de oito anos no Rio de Janeiro, onde servia na Marinha do Brasil, e morava em frente daquela área. O campo já não existia mais. Era só um matagal que servia de abrigo para criminosos. Sem ter a quem recorrer, resolvemos nós mesmos”, explica Luciano Costa, que é professor da rede pública e um dos responsáveis pela revitalização do local.

Luciano conta que hoje cerca de 500 pessoas se beneficiam diretamente da área de lazer. “Temos 60 senhoras da terceira idade que fazem ginástica, a escolinha de futebol que atende mais de 200 crianças, sem contar os moradores que usam o campo. De seis em seis meses realizamos grandes mutirões que envolvem até 500 pessoas”, explica.

“Quando o ser humano entender que é muito mais gratificante servir do que ser servido, nosso mundo vai se tornar um lugar melhor para se viver”, finalizou Luciano.