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Mutirões de limpeza contra Dengue e Zica começam nesta sexta em Guarapari
Por Glenda Machado
Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 20:25
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Cinquenta e cinco agentes de combate a endemia estão na luta diária contra o Aedes aegypti em Guarapari. A Prefeitura também realiza monitoramento quinzenal em pontos críticos com aplicação de larvacida como no chafariz da Pracinha do Itapemirim em Muquiçaba. Os terrenos baldios também são alvos de ação a cada 15 dias. Os bueiros são controlados diariamente durante a madrugada. E o fumacê tem dois horários de rota, das 4h às 7h e das 17h às 20h.
Essas são algumas das ações do município que já previam o combate à Dengue e Chikungunya e agora também contra o Zica. Para reforçar no controle, hoje foi realizada uma reunião com lideranças comunitárias e religiosas com distribuição de panfletos informativos para que possam divulgar em seus bairros e igrejas. Além disso, será realizada uma série de mutirões que começa nesta sexta (11/12) em Kubitscheck.
“Esse é o bairro mais crítico, onde concentra a maior quantidade de mosquitos. E o pior é que 80% dos criadouros estão dentro das casas. Precisamos evitar focos de proliferação, como retirar a água do reservatório atrás da geladeira. E não adianta só tirar a água, tem que esfregar também para tirar os ovos. Assim como no ralo do banheiro e até mesmo nas plantas. Todo cuidado agora é fundamental”, alertou a secretária de Saúde, Aurelice Vieira.
As ações se estendem para mais quatro áreas também consideradas críticas, sendo dia 14 em Itapebussu, dia 16 em Muquiçaba, dia 18 na Praia do Morro e dias 21 e 22 na Região Norte. De acordo com a secretária, não há casos confirmados, mas já tem suspeitas. “Por isso, eu peço aos líderes religiosos que estão aqui hoje que divulguem antes ou depois do culto assim como os líderes comunitários que possam nos ajudar dentro dos seus bairros”, disse a secretária.
Preocupação aumenta com a chegada do verão
Outra preocupação é com a chegada do verão, quando aumenta o número de visitantes e turistas na cidade – o que pode provocar uma epidemia. E para piorar a situação, com a crise hídrica e previsão de falta de água na alta temporada já virou hábito de alguns moradores reservarem o recurso em baldes. E é justamente aí que mora o perigo, pois as larvas do mosquito transmissor do vírus são incubadas em locais com presença de água parada.
Mas Guarapari ainda não está em estado de alerta. O Governo do Espírito Santo decretou situação de emergência em Vitória e Vila Velha. “O controle é difícil, mas nós mesmos podemos prevenir. Muitos questionam sobre o fumacê. Só que nada é mais seguro do que evitar a água parada. Não deixar a larva surgir é mais eficiente que tentar eliminá-la depois com produtos químicos”, orientou a gerente de Vigilância Ambiental, Lorena Santos da Silva.
Zica: 80% dos casos não apresentam sintomas
Como se trata de uma nova doença, as informações ainda são poucas e tudo está em processo de investigação. O grande problema é a relação do vírus com o desenvolvimento de microcefalia nos bebês de gestantes. A má formação do cérebro pode trazer graves sequelas para o neném como paralisia, convulsões, retardo mental, rigidez dos músculos, epilepsia, cegueira.
“A orientação é para que as mulheres evitem a gravidez neste momento. E todos os bebês que nascerem com menos de 33 cm de circunferência cerebral deverão ser avaliadas. O período mais crítico é no primeiro trimestre quando o feto está em formação, mas não se sabe se podem ter complicações da infecção nas demais fases da gestação”, explica a gerente de Vigilância Epidemiológica Ludmila Maretto.
Segundo ela, muitos já tiveram a doença e nem sabem porque 80% dos casos são assintomáticos. “Apenas 20% dos casos apresentam sintomas, como vermelhidão pelo corpo, coceira, febre baixa, dor no corpo, dor de cabeça e irritação no olho. Pode haver também edemas nos pés e mãos, dor de garganta e até sangue no esperma. Os sintomas aparecem nas primeiras 24 horas após a picada e duram até uma semana”.
Também foi orientado que tanto as gestantes quanto os maridos passem repelente porque há indícios que o vírus possa ser transmitido sexualmente. Outro grupo de risco seriam crianças até cinco anos, pois há suspeita de que o vírus possa afetar o desenvolvimento com uma série de deficiências neurológicas – tanto cognitivas como motoras. E quem estiver com suspeita da doença em período de amamentação, a recomendação é suspender, pois seria outra forma de transmissão. Mas não há nada ainda comprovado, estão em fase de pesquisa.
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