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O poder da fé: como as correntes de oração ajudaram a menina Sofia?
Por Glenda Machado
Publicado em 1 de março de 2016 às 19:51
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Um mês depois da primeira crise, ainda é um mistério para a medicina o motivo das convulsões que deixou a pequena Sofia por 12 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Centro Integrado de Atenção à Saúde (Cias) em Vitória. Em coma induzido, os pais se viram sem alternativa a não ser entregar nas mãos de Deus. Rubens Lyra, o pai da menina de apenas 5 anos, recorreu às redes sociais para pedir correntes de oração.
Ela foi internada no dia 27 de janeiro. Foram 22 dias de angústia e de medo até que do nada, a criança começou a melhorar. Saiu da UTI, mas ainda ficou mais 10 dias no quarto para só então receber alta no dia 17 de fevereiro – quando foi homenageada pela Polícia Militar. Isso porque o sonho dessa pequena guerreira, que já sabe o que é lutar pela vida, é ser policial.
Ainda sem um diagnóstico preciso, o que pode ser um mistério para os médicos, tem um nome para as milhares de pessoas que rezaram por Sofia: a fé. Foram dezenas de exames, inclusive com amostras enviadas para São Paulo, França e Espanha. Mas até o momento sem respostas. Hoje, Sofia está em casa com a mãe Caroline Marques, em Vila Velha. E para os familiares e amigos só tem uma explicação: milagre de Deus.
“Ela teve 12 convulsões em dois dias seguidos. Sempre foi uma menina saudável, nunca teve nada. De repente nos deparamos com ela, deitada em uma cama, entubada, era desesperador. Foi quando resolvi desabafar e postei o primeiro vídeo na internet pedindo orações. Foram mais de 400 mil visualizações. Todos se mobilizaram, independente de crença. Gente de todo o país. Eu só chorava e orava”, conta o pai que é evangélico.
Rubens passava as noites com a filha no hospital e a mãe ficava durante o dia. Ele, que é de Guarapari, lembra que toda vez que ia embora se despedia da filha, pois sempre se perguntava: será que é a última vez que vou ver minha filha com vida? “Os próprios médicos falavam que a gente tinha que se preparar, pois as chances dela ficar com sequelas eram enormes. E ver ela hoje aqui, brincando, rindo, dançando, sem nada, não tem explicação. Foi obra de Deus”, afirma.
Mas qual a relação da fé com a cura? Esse é um tema bastante pesquisado pela psicologia. Já é consenso que acreditar em algo sobrenatural produz efeitos benéficos gerais como menor incidência de depressão, ansiedade e adoecimento psicológico. Também já é comprovado cientificamente que a crença potencializa a imunidade do organismo: respondem melhor a tratamentos, ficam menos tempo internadas e são menos propensas a infecções e complicações pós-cirúrgico.
“Cientistas especulam que a crença aumenta a sensação de maior controle sobre a situação, o que ajuda a mobilizar sentimentos, pensamentos e ações em relação ao problema enfrentado. Ainda não são conhecidos na íntegra os efeitos da crença sobre o cérebro. Mas já se sabe que circuitos ligados a ansiedade ou à depressão podem ser melhor controlados ou inibidos através da ativação de circuitos ligados à sensação de bem-estar decorrentes da oração e da meditação”, explica o psicólogo Adriano Jardim.
É fato: a ciência se curvou à fé. Centenas de estudos mostram que os fieis são mais felizes, vivem mais e são mais agradáveis. Após o diagnóstico de uma doença, apresentam níveis menores de estresse e menos inflamações. Para os médicos, a fé tem uma participação especial no coping: a capacidade humana de superar adversidades. Basta acreditar!
O que dizem os católicos?
“A pessoa quando descobre que está doente é normal ter uma piora, porque acaba se entregando, ficando abatida e deprimida, acha que não terá solução. Mas aí vem a fé que anima a pessoa, que diz para ela ter esperança, para não desistir. Então a fé estimula a lutar e surge uma predisposição interior. Não bastasse isso que é o físico, comprovado pela ciência, ainda existe o sobrenatural que nos move pela fé e a ciência ainda não consegue explicar, mas nós, religiosos, chamamos de milagre. A fé abre a pessoa para o sobrenatural, para que Deus possa agir sobre aquilo que nós não conseguimos dar conta, que está fora do nosso controle. Então, a pessoa entrega nas mãos de Deus, porque para Ele não existe o impossível. E como estamos todos ligados, porque não somos ilhas, somos contagiados pelas emoções alheias, essa união de orações, visando um bem comum, fez com que esse amor chegasse até a pequena Sofia”
O que dizem os evangélicos?
“A medicina está consciente de que as pessoas que têm fé em Deus, fé em Cristo, têm muito mais poder de recuperação porque têm algo em que acreditam, algo maior. Se nós entendermos que a medicina está a serviço de Deus, pela capacidade que Ele lhe dá, vamos entender essa unidade entre fé e medicina. Quando a gente crê em Deus, que é todo poderoso, que tem poder e que milagre não se explica, milagre se vive, vamos entender como a fé é essencial na cura, na melhoria do ser humano, na relação entre homem e Deus. Quando se confia em Deus, Ele vai muito mais além do que podemos pensar e imaginar, porque a última palavra é sempre de Deus. A bíblia diz que para Deus nada é impossível. E precisamos entender que fé não tem cor de religião, é uma relação sua com Deus. E quando todos se juntaram para pedir em favor da menina Sofia, Deus entendeu o que era o melhor e a fé de todos foi essencial para a cura”
O que dizem os espíritas?
“Jesus é claro em suas palavras no evangelho quando diz que a ‘fé move montanhas’ e que ‘pedi e obtereis’. Então quando a gente pede com fé, com desejo da vitória, tudo pode acontecer dentro dos desígnios de Deus. Para Ele não há o impossível. A ciência já comprova que a oração ajuda na recuperação de enfermidades tanto do corpo como do espírito. Isso porque somos energia, então as correntes de oração atuam como energia positiva sobre o nosso corpo promovendo uma melhora significativa. Diversas universidades já estudam e até têm centros de pesquisa sobre ciência e espiritualidade. Alguns estudos mostram que essa ligação com Deus, independente da crença, faz com que as pessoas se desconectem, olhando para o próprio interior, e descobrindo seres capazes de reverter até mesmo um quadro de doença. A fé não está dentro de quatro paredes, é muito maior que o templo, a fé na vida do homem é a potência de Deus em nós”
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