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Órgãos públicos: compras 17% mais caras em relação ao setor privado
Por Livia Rangel
Publicado em 6 de agosto de 2015 às 11:27
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Estudo do IBPT demonstra que superfaturamento das mercadorias foi de R$ 4,68 bilhões em três anos
Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (4) concluiu que os órgãos públicos têm o péssimo hábito de pagar mais caro na hora de comprar qualquer mercadoria. No total, foi constatado um sobrepreço de R$ 4,68 bilhões nas mercadorias adquiridas pelos entes federais, estaduais e municipais entre os anos de 2012 a 2014. Com isso, o brasileiro precisa trabalhar 32 dias a mais por ano somente para pagar a corrupção e o superfaturamento das compras públicas no País, que é, em média, de 17% em comparação ao setor privado.
O levantamento teve como base a análise de 3 milhões de notas fiscais, emitidas no período de três anos, pelas compras de mercadorias e produtos pelos órgãos públicos nas esferas federal, estaduais e municipais, no valor total de R$ 27,55 bilhões. Para concluir o estudo, o IBPT obteve as informações por meio da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011).
“Entendemos que há uma deficiência do setor público em disponibilizar as informações e estamos nos propondo a entregar um software gratuito, para que possam fazer a análise e o ordenamento dessas informações. Não podemos mais ter essa cultura do sigilo no Brasil”, avaliou o presidente do Conselho Superior e coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, durante o lançamento do estudo.
O estudo concluído pelo IBPT faz parte do Projeto Lupa nas Contas Públicas, que entre outras ações, terá um grupo com representantes de órgãos de controle da administração pública, entidades de classe e da sociedade civil que se reunirão mensalmente para debater e propor soluções para um melhor gerenciamento dos gastos públicos.
CONFIRA AQUI O ESTUDO NA ÍNTEGRA
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