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Os 25 pontos com maior risco de afogamento no litoral capixaba

Por Livia Rangel

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 13:33

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Praia do Morro cheia

Preferida dos turistas, a Praia do Morro é um dos pontos listados pelo Corpo de Bombeiros. 

Verão, sol e calor significam praias e lagoas lotadas. Para que estes locais sejam realmente sinônimos de lazer, o Corpo de Bombeiros do Espírito Santo listou 25 locais onde a atenção dos frequentadores deve ser redobrada, principalmente, com crianças e adolescentes. Neste ano, até esta segunda-feira (11) foram registrados 117 casos de afogamento no Estado.

Em Guarapari, um dos pontos listados é a Praia do Morro, a preferida dos turistas no verão. E a rotina de salvamento é intensa. De acordo com Edson Layber, do Salvamento Marítimo municipal, chegam a ser realizados mais de 40 resgastes por dia no local e uma média de 10 a 15 nas praias do Centro. Os atendimentos estão sendo feitos até às 19h, pois ainda é claro e as pessoas continuam nas praias até o sol se por.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a principal causa de mortes e sequelas na faixa etária de zero a 14 anos são os acidentes não intencionais, como afogamento. Isso se deve à displicência dos adultos que deixam as crianças sozinhas e à curiosidade natural da idade, por não saberem nadar e perderem a calma mais facilmente.

Já entre jovens e adultos, os afogamentos geralmente acontecem devido à ingestão de remédios ou bebidas alcoólicas antes de nadar. Há também ocorrências como traumas (bater a cabeça em algo maciço por ter saltado de alguma elevação para dentro d’água), acidentes com embarcações, ações de animais marinhos, desconhecimento do local de mergulho, excesso de confiança e exaustão de nadadores.

Mas nem todas as mortes aconteceram no mar. O perigo também está nos manguezais, rios, lagoas e cachoeiras. Afogamentos nesses casos ocorrem, geralmente, em locais isolados, sem a presença de guarda-vidas.

Locais que exigem mais atenção

GUARAPARI

Praia do Morro, das Virtudes, das Castanheiras e Enseada Azul: A calmaria da água incentiva as pessoas a se aventurarem a nadar. Mas aqueles que não possuem bom condicionamento físico costumam passar mal, e acabam se afogando.

Praia da Areia Preta: É funda. E depois de aproximadamente três metros da areia, em alguns pontos, quem não sabe nadar não encontra ‘chão’ e acaba se afogando;

ANCHIETA

Castelhanos: A grande quantidade de crianças que frequentam a praia é sempre fator de preocupação, pois elas gostam de se aventurar nas pedras. Há o risco de escoriações, cortes e quedas, que podem ser fatais.

Lagoa de Ubu: De um lado ao outro são aproximadamente 200 metros. Isso anima alguns a atravessar a lagoa. Mas quem não está fisicamente preparado pode acabar se afogando antes de completar a travessia.

SÃO MATEUS

Guriri: A maioria dos banhistas é formada por turistas. Eles entram na água sem ter conhecimento do lugar, caracterizado por ondas fortes e correntes de retorno, que podem sugar as pessoas para o fundo.

LINHARES

Lagoa Juparanã: A ordem é só frequentar as praias onde há salva-vidas e só entrar na água nas áreas demarcadas como próprias para os banhistas. Fora delas, o risco são as embarcações. As águas calmas escondem riscos.

ARACRUZ

Barra do Sahy: O cuidado deve ser redobrado perto da foz do rio, pois a correnteza pode levar os banhistas para o fundo do mar.

SERRA

Jacaraípe: A praia tem ondas fortes e muitos surfistas. Os banhistas devem evitar ficar perto deles, pois as pranchas podem ferir as pessoas. Atenção também à correnteza de retorno.

Nova Almeida e Praia Grande (Fundão): Há rio perto. Quando a maré está vazando e a correnteza está muito forte, há perigo de o banhista ser levado pela correnteza.

VITÓRIA

Curva da Jurema: A praia tem buracos, que vão de 10 a 12 metros de profundidade. Quem cai neles e não sabe nadar muito bem acaba se afogando, pois não é possível pisar em algo para tomar impulso e sair do lugar.

Praia de Camburi: As ondas são fortes em determinados períodos do mês, conforme a fase da lua. Além disso, há as correntezas de retorno, e dependendo da força, podem arrastar uma pessoa. Essas áreas podem ser identificadas mais facilmente: são os pontos onde o mar fica mais ‘barrento’.

VILA VELHA

Coqueiral de Itaparica: O maior problema são as ondas fortes, que podem machucar. Também possui correntezas de retorno.

Barra do Jucu: Além das ondas fortes, há o rio, que sempre indica perigo. Quando a correnteza está muito forte e a água vazando, a pessoa pode ser arrastada para as partes mais fundas do mar.

Praia da Costa: Perigo para os aventureiros. Próximo ao local onde ficam os barcos dos pescadores, os banhistas costumam pular na água, o hábito é um perigo, pois existem pedras no fundo e as pessoas podem bater a cabeça.

ITAPEMIRIM

Rio Itapemirim: Há buracos e correntezas intensas em alguns pontos, que costumam fazer vítimas.

PIÚMA

Apesar das águas calmas e rasas, os turistas podem ter problemas com passeios longos. A 1,5 quilômetro da praia há uma ilha, que muitos gostam de visitar. Na ida, geralmente, a maré está baixa e é possível ir andando, mas na volta, a maré pode subir e pegar os desavisados de surpresa.

MARATAÍZES

Praia da Cruz: Há ondas e as chamadas correntezas de retorno, por onde as águas voltam para o mar e puxam os banhistas para o fundo.

Praia da Barra: A praia começa a ficar mais funda dois metros depois da linha da água e os desavisados podem ter problemas.

PRESIDENTE KENNEDY

O cuidado deve ser redobrado perto da foz do rio, pois a correnteza pode levar os banhistas para o fundo do mar.

DICAS DO CORPO DE BOMBEIROS PARA PREVENIR ACIDENTES:

– Não mergulhar após lanches e refeições;

– Não se afastar da margem;

– Não saltar de locais elevados para dentro da água;

– Prefira lançar objetos flutuantes (bolas, bóias, isopores, madeiras, pranchas e outros) ou então corda para salvar pessoas, ao invés da ação corpo a corpo;

– Não deixar crianças sozinhas sem a presença de um adulto responsável;

– Identifique nas proximidades a existência do guarda-vidas e permaneça próximo a ele;

– Olhar a sinalização do local, pois a mesma indicará se ele é próprio para banho ou não;

– Evite brincadeiras de mau gosto, como os conhecidos “caldos”;

– Tome cuidado ao caminhar sobre as superfícies rochosas, elas podem estar escorregadias, podendo provocar queda e cortes;

– Instrua a criança quanto ao perigo existente ao entrar em águas mais profundas ou ficar só;

– Não deixar a criança na banheira para pegar uma toalha: pois cerca de 10 segundos são suficientes para que a criança dentro da banheira fique submersa;

– Não abandone uma criança para atender ao telefone: apenas 2 minutos são suficientes para que a criança submersa na banheira perca a consciência;

– Não deixe uma criança só em qualquer tipo de reservatório d’água, uma criança submersa na banheira ou na piscina entre 4 a 6 minutos pode ficar com danos permanentes no cérebro;

– Nunca deixe a criança sozinha dentro ou próxima da água, mesmo em lugares considerados rasos;

– Mantenha baldes, recipientes e piscinas infantis vazios. Guarde-os sempre virados para baixo e fora do alcance das crianças;

– Feche sempre a tampa do vaso sanitário e tranque a porta do banheiro;

– Em mares, rios, represas e lagos, preste muita atenção na criança. Fique alerta nas mudanças de ondas e correntes, por exemplo;

– Sempre use colete salva-vidas aprovado pela guarda costeira quando estiver em praias, rios, lagos ou praticando esportes aquáticos;

– Saiba quais os amigos ou vizinhos têm piscina em casa e quando seu filho for visitá-los, certifique-se de que será supervisionado por um adulto enquanto brinca na água;

– Instale cercas de isolamento ao redor da piscina com pelo menos 1,5 metro de altura, equipadas com portões e travas;

– Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão dos adultos;

– Matricule as crianças em aulas de natação.

– Em caso de problemas, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros (190), para que o mesmo oriente e auxilie a vítima.

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