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Pai recorre a justiça após filho ser expulso de escola em Guarapari
Por Aline Couto
Publicado em 8 de novembro de 2022 às 15:32
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O folhaonline.es recebeu o relato de um pai, Wanderlei Salvador, que teve o filho, Arthur Salvador, expulso da Escola Estadual de Ensino Fundamental – EEEF Manoel Rozindo da Silva, em Meaípe, Guarapari. Segundo o depoimento, o aluno sempre foi tratado de forma diferente desde o primeiro dia na escola.
“A professora falava que Arthur não tinha conhecimento, depois que ele implicava e arrumava confusão com colegas, além de falar palavrões e fazer bagunça, e por fim não deixou ele ficar com um celular desligado na escola, sendo que outros alunos faziam o mesmo. Um dia a professora tirou o celular da mão do meu filho a força e parei na delegacia para fazer um Boletim de Ocorrência por agressão”, relatou Wanderlei.
O pai também contou que o filho tem déficit de atenção, situação informada na escola, e por isso mais dificuldades que os colegas, mas que ele nunca viu o filho xingar nem fazer arruaças. Mesmo assim, diante do relato da professora, Wanderlei disse que pediu uma reunião com os outros pais para poder tentar resolver a questão, o que nunca aconteceu.
Um tempo depois, o pai contou que a professora comunicou que haveria uma reunião do Conselho de Escola para tentar resolver a situação do Arthur. Dias após, a profissional falou que a decisão foi pela expulsão do aluno da escola.
“Não me conformo como as coisas foram conduzidas, ele não ficou nem três meses no colégio. Eu nunca vi esse conselho e não fui convidado para participar da reunião. Não teve outra solução se não entrar na justiça para buscar os direitos do meu filho. Quero corrigir essa injustiça e fazer com que Arthur retorne para a escola, única próxima da nossa casa”.
Justiça
Wanderlei explicou que foi até a defensoria pública e deu entrada com os papéis. “O procurador deu entrada no processo e o caso está na mão da juíza para que seja analisado e eu tenha uma resposta. Sigo aguardando”.
Sedu
Responsável pelas escolas do estado, a Secretaria da Educação – Sedu foi procurada e informou que a situação tem sido acompanhada pela gestão da unidade e, conforme prevê o Regimento Interno, o responsável pelo aluno foi chamado na escola, onde esteve reunido por algumas vezes com a equipe gestora.
“O caso foi levado ao Conselho de Escola, que deliberou pela transferência do aluno para uma unidade de ensino situada no mesmo bairro. A Sedu destaca ainda que conta com a Ação Psicossocial Interativa Escolar (APOIE), formada por psicólogos e assistentes sociais, que realiza, periodicamente, rodas de conversa e de acolhimento junto aos alunos, visando conscientizá-los quanto às práticas de convivência e apoio emocional”, comunicou a Secretaria em nota.
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