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Paratleta participa de competição universitária e volta para Guarapari com três medalhas
Por Sara de Oliveira
Publicado em 30 de julho de 2019 às 10:04
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No último final de semana, Carlos Renato Magalhães Madeira participou dos Jogos Paralímpicos Universitários, em que conquistou medalhas no lançamento de dardo, disco e arremesso de peso.
O paratleta Renato Madeira continua dando orgulho para Guarapari. O morador conquistou, no último final de semana, três medalhas nos Jogos Paralímpicos Universitários, que aconteceram em São Paulo. O competidor de Santa Mônica conseguiu uma medalha de ouro no lançamento de dardo, bronze no disco e prata no arremesso de peso. As Paralimpíadas Universitárias contam com a participação de competidores matriculados em instituições de ensino de todo o Brasil.
Renato, que cursa Educação Física, competiu na categoria F57 masculino, onde o paratleta faz o lançamento sentado. Ele conta que o resultado foi gratificante, já que mudou de categoria recentemente e tinha o receio de não conseguir se adaptar. “Foi gratificante, porque eu vinha de outra classe e nessa nova que competi tem muitos atletas. Mas eu me adaptei e consegui o resultado”, declarou.
O paratleta, que descobriu o esporte após um acidente de moto, em que teve que amputar a perna esquerda, agora dá orgulho não só para a Guarapari, mas principalmente para a família. “Eu comecei a treinar para aliviar a cabeça, porque eu estava passando por depressão. Não tem como narrar a sensação. Eu cheguei em casa depois da competição e meus filhos ficaram muito felizes. A gente se sente muito recompensado por todo o esforço” destacou.
De acordo com o paratleta, a competição foi importante para conseguir o índice para o campeonato brasileiro que acontece em setembro. “O melhor de tudo é a classificação, nem tanto as medalhas. Agora tenho que treinar duro para o brasileiro e correr atrás de patrocínios, porque as despesas todas da competição têm que ser arcadas pelos atletas”, afirmou.
Falta de Incentivo
Renato explicou que, por não ter um local apropriado para treinar, se prepara para as competições na areia da Praia de Santa Mônica, bairro onde mora. “Eu espero a maré baixar, coloco meus equipamentos e treino lá mesmo, com a ajuda da minha filha”, explicou. Para o paratleta, falta investimento no esporte paraolímpico em Guarapari. “A cidade não tem uma estrutura adequada. É necessário investir no esporte, porque o município tem tantos terrenos públicos por aí, poderia ser feita uma parceria com alguma empresa dando incentivo fiscal, por exemplo”, pontuou.
Outro problema observado por Renato é a ausência do acompanhamento de atletas da categoria de base. “O que falta, até mesmo nas empresas, é enxergar o potencial dessas pessoas que estão começando. Não adianta querer começar patrocinando nomes grandes, o empresário tem que mudar a visão e entender que a marca dele será levada para outros locais”, declarou.
Jogos Paralímpicos Universitários
A competição que Renato participou no último final de semana tem o objetivo de incentivar a participação dos estudantes universitários com deficiência física, visual e intelectual em atividades esportivas de todas as Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil. Ela é realizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e pelo Ministério do Esporte (ME).
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