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Pessoa em situação de rua dá um soco em moradora e morde policial em Guarapari
Por Aline Couto
Publicado em 22 de agosto de 2018 às 13:49
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A agressão aconteceu na última quinta-feira (16) na descida da ponte de Guarapari no sentido Muquiçaba
No inicio da noite de quinta-feira da semana passada, a funcionária de departamento pessoal, Jennifer Gomes, 31, levou um susto daqueles. Ela estava saindo da empresa onde trabalha, no centro da cidade, e indo em direção a academia que frequenta em Muquiçaba quando foi abordada por um morador de rua e levou um soco no nariz, quebrando seu osso nasal, sem nenhum motivo aparente. O morador, já conhecido por ela, foi contido por populares até a chegada da polícia militar.
Jennifer contou que sempre passa pelo mesmo caminho, e que há pelo menos três meses ela via o homem andando pelo local. “Sempre passo nesse horário, e ele sempre está lá consumindo drogas e abordando as pessoas para pedir dinheiro. No dia que aconteceu tudo, ele veio em minha direção correndo e logo me deu um soco no nariz. Fiquei desorientada e sangrando quando pessoas que passavam vieram me ajudar”.
“Quando a polícia chegou, fiquei sabendo que os militares já estavam à procura dele, porque no mesmo dia já havia agredido um funcionário de uma lotérica, outro de uma loja de eletrodomésticos e um senhor na rua, no bairro Muquiçaba. Também me contaram que ele tinha jogado lixo em crianças andando de trenzinho e roubado uma barra de chocolate em uma farmácia com tentativa de agressão de um funcionário com um pedaço de madeira”, relatou Jennifer.
Após a chegada da polícia, o morador de rua, já imobilizado por populares, conseguiu morder um dos policiais e arranhar outra. De acordo com a Jennifer, o rapaz estava sem controle e muito agressivo. “Ele é usuário de drogas e fica pedindo dinheiro, se não der ele agride ou ameaça. Ele também costuma falar que é portador do vírus HIV positivo”.
Com a situação controlada, os militares levaram todos para a Unidade de Pronto Atendimento (Upa) e depois para a 5ª Delegacia Regional de Guarapari para o registro da ocorrência.
“Fiquei sabendo que no dia seguinte ao acontecido o morador já estava de volta às ruas e eu aqui com dores no local e na cabeça. Gostaria de saber o que a prefeitura tem feito para resolver o problema real das pessoas em situação de rua? A quem devemos procurar quando uma situação dessas acontece? Como proceder para fazer uma denúncia, para falar onde essas pessoas estão se são agressivos, usuários…? A que ponto o ser humano chegou, tenho muita pena e gostaria de saber como ajudar”, concluiu Jennifer.
A prefeitura de Guarapari foi procurada com os questionamentos e respondeu em nota:
“A Secretaria Municipal de Trabalho, Assistência e Cidadania (Setac) informa já está ciente do caso e precisa da colaboração da população para fazer a denúncia quando o homem estiver no local. É preciso passar as características e o máximo de detalhes possíveis para que o mesmo possa ser localizado. Denuncias nos telefones 3362-1220 WhatsApp 997017842 se possível foto para identificarmos e ou 996224543. Falar com Coordenadora.
Tanto nessa, quando em qualquer outra abordagem, o primeiro passo da Setac, através da equipe da Casa Dia, é identificar se realmente trata-se de uma pessoa em situação de rua, o mesmo é conduzido até Casa Dia, para Atendimento Social e cadastro. Após a confirmação de situação de rua, é feito um trabalho de convencimento para que a pessoa aceite internação para sair das drogas e/ou do álcool e em seguida um recambiamento.
A prefeitura tem realizado ações constantes no município e só nesta semana foi realizado um trabalho de abordagem na região da Prainha e outro na Praia do Morro. Além disso, foi criada uma comissão para tratar do tema, envolvendo representantes religiosos, sociedade civil organizada, Câmara Municipal e Prefeitura, o que tem sido muito positivo, pois a relação mais próxima dessas pessoas possibilita a aceitação do tratamento e uma possível volta para casa.
É importante observar que existe usuários de drogas que são residentes em Guarapari e ficam pelas ruas, estes são demandas para polícia”.
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