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Polícia de Guarapari prende receptador de materiais fotográficos roubados
Por Carolina Brasil
Publicado em 3 de abril de 2018 às 13:05
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Com o suspeito, foram encontrados diversos itens fruto do roubo que aconteceu em Anchieta, em setembro de 2017, durante um ensaio fotográfico na Praia de Maembá.
Uma operação, realizada pela Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) de Guarapari, nessa segunda-feira (02), identificou e prendeu um rapaz suspeito de receptação de material roubado. Como ele, foram encontrados os materiais fotográficos provenientes de um roubo que ocorreu em setembro de 2017, em Anchieta. “Recebemos a informação de que os produtos estavam sendo comercializados em sites de revenda como OLX e Bazar Guarapari, por exemplo. A partir daí começou um trabalho para localizar esses objetos”, informou Marcos Nery, delegado da DCCP.
Segundo o delegado, um policial fingiu ser um comprador e marcou com o suspeito que levou um dos itens. A partir daí, policiais acompanharam o rapaz até a residência e lá localizaram os outros objetos roubados, além de cordões e pulseiras. “Ainda não é possível afirmar se ele teve participação no roubo ou apenas cometeu o crime de receptação, e ainda, se ele agiu em coautoria do crime, ou seja, na divisão de tarefas ficou responsável pela revenda. Em casos como esse, os bandidos costumam aguardar um período após o roubo para começarem a revender os objetos”, explicou Nery.
De acordo com as investigações, o rapaz não tem passagem e pode ser considerado de classe média. Dados obtidos a partir do celular dele mostram que ele ‘trabalha’ com compra e venda pela internet. Em princípio, ele será autuado por receptação e ainda será apurado se ele teve ou não participação no roubo. Para o delegado, é possível que ele não permaneça preso. “A política criminal e a legislação brasileiras entendem que o crime de receptação, em tese, não tem violência ou grave ameaça, aplicando-se fiança e outras medidas cautelares e o suspeito é solto. Mas, é preciso salientar que, muitas vezes, o roubo foi feito de forma violenta e até com consequência mais grave, no caso do latrocínio – roubo seguido de morte”, ressaltou Marcos.
O delegado ainda chama a atenção para a compra e venda de produtos sem nota fiscal ou com preços muito abaixo do mercado. “A gente pede que a sociedade colabore, porque esse tipo de crime é fomentado pela compra desses objetos. Se está com preço abaixo do mercado, não tem nota ou de fonte duvidosa, não compre. O cidadão deve observar que esse produto pode ser fruto de violência e morte”, destacou.
Relembre:
O roubo do material fotográfico aconteceu em setembro de 2017, na Praia de Maembá, em Anchieta. Dois homens armados levaram quase R$ 100 mil em equipamentos fotográficos, joias, celulares, roupas e um carro. Na ocasião, dois fotógrafos e duas clientes – mãe e filha –, foram rendidos enquanto faziam o ensaio fotográfico em comemoração aos 15 anos da menina. Profissionais e clientes eram de Cariacica.
Na época, houve operação com mandados de busca e de prisão dos possíveis infratores, o inquérito corre em Anchieta.
- Matéria atualizada em 03/04/2018 às 21h30.
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