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Polícia procura liderança de facção que fornecia drogas para Village do Sol, em Guarapari
Procurado integra o "Trem Bala" e seria responsável por expandir negócios do grupo para municípios do interior do Espírito Santo
Por Redação Folhaonline.es
Publicado em 14 de outubro de 2021 às 11:40
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A Polícia Civil está em busca de um dos líderes da organização criminosa Primeiro Comando de Vitória (PCV) responsável pelo fornecimento de drogas para o tráfico no bairro Village do Sol, em Guarapari. Giuliano Alves Marques, de 37 anos, foi identificado a partir de operações iniciadas após a prisão do traficante Vinícius Valkenier dos Santos e sua companheira, que chefiavam o tráfico no bairro. Giuliano e Vinícius integram o “Trem Bala”, braço armado da facção PCV.
Segundo a Polícia Civil, o procurado tem mandado de prisão preventiva em aberto e é considerado foragido da Justiça por fornecer entorpecentes para regiões fora da capital do Espírito Santo. As investigações identificaram ações do grupo em Village do Sol, em Guarapari, e em localidades do município de Nova Venécia.
De acordo com o delegado titular da Denarc de Guarapari, Guilherme Eugênio, o suspeito seria o responsável por tentar expandir a ação desse grupo para outras regiões do estado. “Começa tudo no Morro da Penha. Eles querem se consolidar como uma facção criminosa grande e tentam estender seus braços para outras regiões”, contou o delegado.
Vinícius Valkenier dos Santos, de 22 anos, está preso desde dezembro de 2020. Segundo os levantamentos, ele atuava como gerente do grupo criminoso nos dois bairros em que a Polícia Civil identificou drogas que eram fornecidas por Giuliano, em Guarapari e Nova Venécia.
“Chegamos até este gerente após o recebimento de denúncias anônimas, que informavam sobre suas atividades criminosas. Fizemos levantamentos e, em novembro do ano passado, empreendemos diligências que resultaram na prisão da companheira de Vinícius, que guardava, em casa, armas e entorpecentes pertencentes ao investigado”, explicou o delegado.
Na ocasião os policiais apreenderam um revólver calibre 38, um simulacro de arma de fogo, munições, drogas, material para refino de entorpecentes, dinheiro e anotações do tráfico. A companheira do investigado foi presa em flagrante e, após novas apurações, ficou constatado que seu companheiro, Vinícius, gerenciava o tráfico de drogas no bairro.
“Ambos já estiveram presos e, uma vez autorizados a deixar a prisão, voltaram a traficar. Apuramos que Giuliano é o fornecedor de armas e entorpecentes, comandando o tráfico nas duas localidades a distância. Já Vinícius, na função de gerente, ia até os pontos de venda, entregava entorpecentes e recolhia os valores arrecadados pelos vapores. Tudo leva a crer que há uma espécie de rodízio entre os vapores, de modo que nenhum se torne muito conhecido pelos policiais dos locais em que atuam”, disse o delegado.
A investigação da Polícia Civil aponta que os traficantes responsáveis pela venda final das drogas atuavam em turnos de rodízio entre as cidades. Além dos entorpecentes, Giuliano dava ordens diretas a Vinícius, ditava diretrizes, inspecionava as atividades do grupo e cobrava satisfações quando os integrantes do grupo “abandonavam o posto”.
Vinícius, em contrapartida, tinha a missão de ir diariamente, por volta de 05h da manhã, ao encontro dos traficantes, recolher o dinheiro, repassar novas cargas e organizar a ação do dia, repassando o motante devido à Giuliano.
A cada R$ 1.400 arrecadados, por exemplo, R$ 400 correspondem ao pagamento do responsável pela venda, R$ 400,00 eram de Vinícius e R$ 600 de Giuliano.
A Polícia Civil reforça que a população pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, ou pelo site disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas.
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