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Presidente da Câmara terá que demolir casa construída em área de preservação em Todos os Santos

Por Glenda Machado

Publicado em 1 de setembro de 2016 às 20:45

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Obra estava embargada desde junho do ano passado 

wanderlei

WANDERLEI disse que vai esperar a decisão judicial.

Depois de um ano com a obra embargada, o presidente da Câmara de Vereadores, Wanderlei Astori, terá de demolir a casa que estava construindo em Área de Preservação Permanente (APP) em Todos os Santos. O vereador foi notificado hoje pelo Ministério Público do Estado (MPES). A decisão é em resposta à denúncia feita em junho do ano passado.

“Estou arrependido e não faria de novo. Que sirva de exemplo para mim e para todo o povo de Guarapari. Quem nunca errou que atire a primeira pedra. Agora vou me redimir, vou fazer o que a justiça determinar. Era um sonho do meu pai e eu queria muito realizar isso pela minha família. Mas a lei tem que ser cumprida e que sirva para todos”, disse o presidente Wanderlei Astori.

Segundo ele, o ofício que recebeu dá duas opções: demolir por conta própria ou esperar que a ação seja ajuizada e saia uma decisão judicial. “Eu tenho um tempo para pensar antes de responder à Promotoria de Guarapari. Mas uma coisa é certa: vou cumprir a lei”. Ele não revelou de quanto foi o investimento, mas adiantou que vai construir a casa em outra parte do terreno que não desrespeite à legislação ambiental.

O embargo foi feito no dia 25 de junho do ano passado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema). Isso porque a obra do parlamentar estava apenas a cinco metros do rio Corindiba, em Todos os Santos, zona rural de Guarapari. Mas a lei federal 12.651/2012 do Novo Código Florestal determina que só pode construir a partir de 30 metros de distância do curso do rio por ser Área de Preservação Permanente (APP).

“Meu terreno tem 70 mil metros quadrados, sendo 40 mil metros quadrados de mata. Eu já recuperei duas nascentes que estão na minha propriedade, já replantei em 400 metros na beira do rio e agora estou recuperando o solo de 600 metros com plantio de árvores. Não foi possível uma compensação ambiental. Então vou construir na distância correta do rio”.

Apesar de terem surgido outras denúncias de que o vereador não tivesse paralisado a obra, ele garante que não mexeu em nada desde que foi notificado e que recorreu do embargo pelos meios legais. O Folha da Cidade entrou em contato com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio da sua assessoria de comunicação, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

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