Projeto vai oferecer formação artística e ambiental para crianças e adolescentes de Guarapari

O projeto Xapuri, destinado à formação artística e ambiental em Guarapari, vai ofertar bolsas gratuitas para aulas de música, circo e outras linguagens artísticas para crianças e adolescentes. O objetivo é desenvolver nos alunos uma nova relação com os ritmos brasileiros e com a natureza, promovendo a inclusão de jovens em vulnerabilidade social e o desenvolvimento da comunidade local. Para efetivar o projeto, realizado em parceria com a ULI Produções Artísticas, os organizadores buscam um espaço físico em comunidades do município.

“Serão ofertadas aulas de percussão, com o desenvolvimento dos principais ritmos folclóricos brasileiros, como o forró, o samba, o rastapé, o congo e alguns ritmos da Bahia (…) O objetivo maior é dar oportunidade às regiões de maior vulnerabilidade. Ofertar possibilidades de atividades que, no seu fim, vão favorecer o desenvolvimento educacional, ambiental, além de fortalecer a economia local”, aponta o professor e pesquisador Guilherme Schneider, um dos organizadores do projeto.

A iniciativa será implementada em uma parceria com a companhia Uli Produções Artísticas, recém-chegada ao Espírito Santo. O intuito é iniciar crianças e adolescentes no mundo da música, do circo e da educação ambiental, mostrando a importância desses elementos para o convívio social.

“Em um país onde ainda temos uma desigualdade social imensa, um projeto como este representa, sem dúvidas, um importante passo na construção de cidadania, de respeito ao próximo, e de preservação do próprio ambiente em que se vive. Logo, vejo uma oportunidade de autoconhecimento para estes jovens”, aponta, Ulisses Nogueira professor de circo e também organizador do projeto.

Preservação ambiental é tema das oficinas

O Xapuri também tenta contribuir para a mudança de um cenário ambiental preocupante em Guarapari: a destruição dos manguezais. O ecossistema, que é considerado um berço da vida marinha, é constantemente ameaçado pelo avanço da urbanização e, por isso, também será tema das atividades realizadas com os alunos. “Estamos programando oficinas de compostagem doméstica, mutirões de limpeza do mangue de Perocão, oficinas de reciclagem, plantio de mudas nativas e outras iniciativas paralelas”, conta Guilherme, que também é tecnólogo em meio ambiente.

Outra proposta do projeto são as oficinas de circo, uma novidade para muitas crianças que nunca tiveram contato com esse tipo de arte. O objetivo é fazer com que os alunos tenham acesso a uma rica aprendizagem musical e circense, promovendo, por meio dessas linguagens, pilares como o conhecimento, a consciência, o respeito ao próximo, o trabalho coletivo e a descoberta dos próprios potenciais e talentos.

“O circo existe há mais de cinco mil anos. É uma redoma que abriga as mais diversas linguagens artísticas como a música, o teatro, a dança, a mímica, o canto, e, logicamente, a linguagem circense. Ele tem um poder de fascínio que alcança todas as idades, diferentes gerações, e, para muitas pessoas, é uma de suas melhores lembranças”, conta Ulisses.

Organizadores buscam espaço

Para efetivar o projeto, os organizadores buscam um espaço para ministração das aulas, nas proximidades de Jabaraí, Perocão e Santa Mônica, onde as ações serão ofertadas. Interessados em uma possível colaboração podem entrar em contato por telefone. “Esse espaço pode ser uma varanda, um galpão, um barracão, desde que os alunos tenham acesso a um banheiro, que o local tenha acesso a um ponto de energia, e comporte de 15 a 20 crianças”, explica Ulisses.

O contato para mais informações ou colaborações pode ser feito através dos telefones (27) 9 9812.4870, (27) 99630.7818, ou dos e-mails [email protected] e [email protected].

*Com informações de Assessoria de Imprensa.