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Promotor afirma que nunca pediu o fim do Parque das Flexeiras
Por Redacão Folha Vitória
Publicado em 5 de setembro de 2017 às 18:12
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Durante o processo de análise na Câmara de Vereadores sobre a revogação da Lei que criava o Parque das Flexeiras, o argumento mais usado pelos vereadores que apoiavam o projeto era o fato de que o Ministério Público é quem havia pedido pelo fim da reserva ambiental, uma vez que o local estava degradado e nada havia sido feito desde sua criação em 2008.
Mas o Promotor de Justiça responsável pela área de Meio Ambiente, Otávio Gazir, nega que tenha dado tal recomendação. “Eu conversei com a procuradora e disse que eles teriam que tomar alguma providência para a área. Se é parque, que se faça um parque, se é loteamento, que coloque ali a infraestrutura de loteamento. Em momento nenhum eu disse para a prefeitura acabar com a reserva”, declarou o promotor.
Mesmo se tratando de uma área declarada como de preservação ambiental, corretores de imóveis vendem parcelas do terreno a quem tiver interesse em um lote sem escritura. Uma área de 720m² hoje está sendo vendida por R$ 220 mil por um corretor de imóveis, mesmo que ainda não haja sequer estradas e rede elétrica ou de água na localidade.
Diante das denúncias de venda de terra no Parque das Flexeiras sem as devidas licenças ambientais e o mínimo de infraestrutura, inclusive com diversas placas de venda colocadas por corretores de imóveis, o promotor vai verificar junto à prefeitura a atual situação da área.
“Vou verificar qual a atual situação e quais são as providências a serem adotadas pela prefeitura em razão da escolha que fez. Se acabou com o parque, deve organizar a ocupação e o uso do solo na área. Se mantiver o parque, deve preservar a área de ocupações indevidas”, explicou Grazir.
O Promotor finalizou dizendo que vai combater qualquer ato de invasão ou ocupação irregular da área.
“Empreendimentos organizados e dentro das normas legais são muito bem vindos, pois geram emprego e renda. Mas qualquer intervenção assemelhada a grilagem será combatida de maneira a causar danos econômicos maiores que os ganhos de grileiros e compradores espertos”, disse.
Vereador quer compensação pelo fim do parque
Na sessão extraordinária desta terça-feira (05), o vereador Denizart Luíz, o Zazá (PSDB), apresentou um requerimento que prevê a compensação através de benefícios para o Bairro Perocão pela extinção do Parque das Flexeiras, além da abertura de ruas, iluminação pública, rede de água e esgoto, recolhimento de lixo e um corredor de proteção de pelo menos 30 metros de afastamento da praia, desde a praia do Boião até as Três Praias.
O requerimento foi aprovado por unanimidade e será encaminhado para a análise da prefeitura.
Prefeitura explica o caso
Procuramos a prefeitura para comentar sobre as afirmações do Promotor de Justiça. Em nota, a Secretaria de Comunicação explicou o seguinte:
“A Prefeitura de Guarapari informa que o Parque das Flexeiras era na época de sua fundação um loteamento irregular, embora aprovado, não era registrado. O local tinha várias características que o identificava como um loteamento, havia ruas, em algumas tinha meio-fio e outros sinais sinalizadores de loteamento. Em uma antiga gestão, o prefeito da época denominou o local como Parque das Flexeiras, mesmo não possuindo características de parque, deste então, começaram as invasões e degradação ambiental. A partir deste momento, em sua condição de fiscal da lei, atuante em seu propósito, o Ministério Público começou a indagar ao município sobre a situação em que se encontrava o lugar, quanto as invasões e a degradação que ocorria no local. A prefeitura reconhecendo a importância da atuação do MP, por meio da promotoria atuante que temos em nosso município, viu nesses pedidos de esclarecimento e de fiscalização naquela área, a necessidade de pedir junto ao Poder Legislativo a retirada do nome Parque das Flexeiras, posto que, o local nunca foi um parque”.
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