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Quando se cobra a mais, arrisca-se a perder o serviço ou pior, o cliente!
Por Antônio Ribeiro
Publicado em 12 de janeiro de 2020 às 15:00
Atualizado em 12 de maio de 2020 às 18:05
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Coluna Antônio Ribeiro (*)
Há dois anos, nesta época, mandei para cá minha mudança num container. Como tinha 17.000 livros de minha autoria, pesava 14 toneladas e a carreta não conseguiu fazer a curva na Praça Trajano, para vir até o Morro do Atalaia.
A solução foi contratar uma empresa que tem munck, que mandou dois caminhões, um para tirar e outro para levar o container até a Antiga Delegacia. O serviço durou uma hora e paguei 600 reais, 300 reais cada caminhão.
Agora vazio, pedi um caminhão para colocar o container num mirante que construí para poder avistar a Praia do Morro. O mesmo me pediu 600 reais por um caminhão, de nada adiantando meu argumento que seria uma hora.
Mesmo assim aguardei cerca de três meses, sem que o serviço pudesse ser feito, devido a obras num novo mercado e depois em Meaípe. Como não consegui fazer o serviço, procurei outra opção, que pediu 300 reais.
Por coincidência, aguardei um mês e este segundo também não pode fazer o serviço, alegando agenda lotada, ao final me indicando um terceiro. Liguei num dia e fez o serviço no outro, por 350,00.
Conto toda esta história, por sentir que aqui em Guarapari existe certa tendência em cobrar bem mais do que seria cobrado em Vitória e a maioria aceitar passivamente, por falta de outras opções.
Acontece que nem todos aceitam isso e saem em busca de outras opções. Construí minha casa e quando precisava comprar algo em maior volume ou valor, recorria a Vitória ou Vila Velha.
Uma pena, pois este dinheiro deixa de circular em Guarapari e o pior, dão razão a comentários de que aqui as coisas são mais caras, levando a muitos trazerem itens básicos para sua estada.
Com a Internet e a ajuda do Dr. Google, o santo defensor dos preços de produtos e serviços, muitos já estão se habituando a consultar fora, antes de comprar por aqui e negociar o que der.
Chamo a atenção do comércio local, comentando o exemplo do Uber, que mudou o hábito no uso do táxi, criando uma nova mentalidade e hábito nos consumidores deste tipo de serviço.
Se não acompanhar os preços de mercado, falo do estadual, para não dizer nacional, o risco é irem ficando fora e verem novos concorrentes surgindo.
(*) Especialista em Marketing pela PUC, Master Business Administration pela FGV e Administrador pela Universidade Mackenzie.
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As informações e/ou opiniões contidas neste artigo são de cunho pessoal e de responsabilidade do autor; além disso, não refletem, necessariamente, os posicionamentos do folhaonline.es
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