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Rodoviária fecha as portas na segunda e pede na justiça bloqueio de R$ 1,4 milhão da conta da prefeitura

Por Glenda Machado

Publicado em 22 de setembro de 2016 às 18:04

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As viações terão 15 dias para encontrar novos pontos de atendimento e de embarque

rodoviaria

RODOVIÁRIA fez um ano de funcionamento no dia 19 de setembro.

A Rodoviária decidiu fechar as portas nesta segunda-feira, dia 26. É o que consta na notificação protocolada na tarde de hoje na Prefeitura. A Construtora e Incorporadora Telavive, empresa responsável pelo terminal, também entrou na justiça contra a liminar que derrubou o decreto liberando o embarque e o desembarque fora do Rodoshopping. Na ação ainda pede o bloqueio imediato de R$ 1,4 milhão da conta da prefeitura além de R$ 105 mil mensais.

“Não temos como continuar diante da quebra do contrato por parte da prefeitura. Temos um custo mensal de R$ 60 mil. E um faturamento que na baixa temporada varia de R$ 15 mil a R$ 35 mil. No verão, meses de dezembro, janeiro e fevereiro, tivemos uma arrecadação de R$ 120 mil por mês, o que deu para manter até agora. Porém, não temos mais condições de arcar com o prejuízo”, explica um dos proprietários e administrador do Rodoshopping, Luiz Nicchio.

Segundo ele, o terminal tem feito em média 5 mil embarques por mês nos interestaduais. O previsto no contrato seria de 6 a 8 mil. Mas o grande problema na visão da diretoria da rodoviária é o impasse referente ao embarque dos ônibus intermunicipais. “Hoje, fazemos uma média de 200 embarques por dia. O previsto no contrato era de 2.500 por dia”, conta o proprietário.

A obra da rodoviária custou em torno de R$ 19 milhões. Além do ressarcimento do valor gasto no investimento, também estão pedindo o lucro cessante e a multa contratual de acordo com a perícia contábil e técnica solicitada pela própria Telavive. “Os R$ 42 milhões divulgados é o valor mínimo. Essa indenização, levando em consideração as correções, ultrapassa os R$ 70 milhões”, garante Luiz.

O pedido estaria assegurado por uma das cláusulas do contrato onde consta que “fica assegurado à concessionária, o restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro a ser pactuada por alteração contratual em caso de redução dos valores previstos de receitas decorrentes de atos de conveniência da administração, em caso de redução do número de embarques de passageiros decorrente da fixação de novos pontos do terminal rodoviário por motivo de integração com outros serviços ou ainda em virtude da construção de outros terminais no curso do presente contrato”.

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A PARTE externa onde as viações poderão usar no prazo de 15 dias.

Por enquanto, a rodoviária vai manter o segurança para evitar a depredação do prédio. Também vai dar um prazo de 15 dias para as viações encontrarem novos pontos de atendimento e de embarque. Muitos imóveis onde funcionavam já foram alugados e até mesmo vendidos. “Estamos conversando com os gerentes e oficializando as empresas. Eles terão esse prazo, mas as portas ficarão fechadas e o local sem luz. Se quiserem podem usar a área do embarque e desembarque na parte de trás”, adianta Luiz.

O outro lado

Por meio de nota, a assessoria de comunicação, informou que “a prefeitura ainda não foi comunicada oficialmente e lamenta que o contrato assinado em 2011 tenha levado os administradores a essa decisão. A prefeitura vai trabalhar para diminuir eventuais prejuízos e o caso está sendo analisado pela procuradoria”.

No entanto, uma fonte da prefeitura contou que se os empresários realmente desistirem do serviço, a rodoviária ficará fechada. Segundo ele, a prefeitura não tem condições de assumir uma despesa mensal de R$ 100 mil. E que nem segurança para o local é possível disponibilizar, pois a prefeitura não tem contrato de vigia.

 

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