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Samarco deve diversificar operações para manter empregos
Por Gabriely Santana
Publicado em 7 de abril de 2016 às 12:26
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Enquanto prossegue com o processo de autorizações junto aos órgãos responsáveis, a Samarco está desenvolvendo um trabalho para atrair novos negócios para o Porto de Ubu. Um exemplo disso, é que, no mês de março, um navio utilizou o Porto de Ubu para renovar a certificação da embarcação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além disso, há estudos para diversificação da estrutura do próprio porto para embarque e desembarque de granito, atividades de suporte para a Petrobrás, offshore, granitos e granulados para o sul do estado. “Estamos conversando com empresários e estudando alternativas para utilizarmos nossas instalações, afinal de contas, ao contrário de Mariana, aqui no Estado não existe nenhum embargo ou impedimento para continuar nossas operações”, disse o gerente geral de estratégia, gestão e informação da Samarco, Alexandre Souto, durante coletiva para imprensa.
A expectativa da empresa é que até julho seja estendido o “lay off”, na tentativa de preservar a sua força de trabalho. Em virtude disso, a empresa negociou com os sindicatos representantes dos trabalhadores proposta de adoção, iniciada em janeiro, da suspensão temporária dos contratos de trabalho. Com essa medida os empregados ficam afastados dos seus postos de trabalho, mas passam por cursos de qualificação profissional. Atualmente, 1.182 dos 3.000 empregados tiveram suspensão temporária dos contratos de trabalhos.
A expectativa, que antes era voltar às operações no último trimestre deste ano, depende da negociação com os órgãos competentes para o licenciamento. “Não estamos medindo esforços para manter o pessoal. Já fizemos férias coletivas, complementação ao “lay off” para não comprometer a renda dos empregados, agora existe um limite. A empresa não aguenta ficar parada pagando salários. Não temos data definida para voltar as operações. Se a paralisação se estender por um período maior e indefinido não vamos suportar”, completou Alexandre Souto.
Acordo e diálogo com comunidades
Para dar celeridade ao processo, a Samarco vem realizando melhorias nas comunidades impactadas e recuperação ambiental dos locais por onde o rejeito passou. A implantação das ações previstas no acordo celebrado entre o Governo do Estado e a Samarco, será realizada por uma Fundação que está sendo criada e que deve estar instalada a partir do dia 02 de julho. E no dia 02 de agosto ela tem que estar funcionando. Os projetos estão abrigados em dois planos: Plano de Recuperação Socioeconômica e Plano de Recuperação Socioambiental.
“É importante lembrar que muitas dessas ações já estão em andamento por parte da Samarco que fará esta coordenação até que a Fundação esteja funcionando. Serão repassados pela Samarco à Fundação R$ 4,4 bilhões nos primeiros três anos. Aproximadamente R$ 240 milhões por ano estão assegurados para medidas compensatórias pelos próximos 15 anos, a partir deste ano, dentro dos respectivos orçamentos anuais”, finalizou Souto.
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