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Samarco reativa mais uma usina em Anchieta e planeja alcançar 100% da capacidade de produção até 2028
Evento de reativação da usina P3 ocorreu na última sexta-feira
Por Pedro Henrique Oliveira
Publicado em 26 de agosto de 2024 às 10:22
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Ao completar 47 anos neste sábado (24), a Samarco dá um importante passo no projeto de retomada de sua operação no Espírito Santo. Após nove anos parada, a usina de pelotização conhecida como P3 foi reativada no Complexo de Ubu, em Anchieta.
O evento de reativação ocorreu nessa sexta (23) e contou com a presença do presidente da companhia, Rodrigo Vilela, do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, do vice-governador, Ricardo Ferraço, autoridades locais e representantes da indústria e comunidade.
Segundo a companhia, a operação da usina faz parte do plano de negócios para alcançar 60% da capacidade produtiva até o final do ano, que envolve um investimento de R$ 1,6 bilhão. A previsão é atingir 100% da capacidade até 2028.
“A Samarco ficou paralisada de novembro de 2015 a dezembro de 2020, em função do rompimento da barragem. Naquele momento, redesenhamos a empresa e o plano de negócios com um desenho organizacional que permite que essa retomada seja gradual e responsável”, destacou o presidente, Rodrigo Vilela.
A retomada da P3 estava prevista somente para 2025, mas foi antecipada para operar com o excedente de minério da usina P4. Atualmente, a empresa opera com 30% da capacidade, o equivalente a cerca de 9 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro por ano.
“É bom para gerar emprego, renda e atividade econômica aqui na região. Na visão do desenvolvimento de oportunidades para os capixabas é muito importante, o Estado já tem uma baixa taxa de desemprego, mas emprego é sempre bom, porque a competição eleva a renda média do trabalhador”, comemorou o governador Renato Casagrande.
A P3 começa a operar de forma gradativa até atingir sua capacidade total, que acontecerá quando o Concentrador 2, localizado no Complexo de Germano, em Minas Gerais, entrar em funcionamento até o final do ano.
O Complexo de Ubu, atualmente, abriga 4 mil funcionários, de acordo com o diretor de operações da empresa, Sérgio Mileipe. Com a ampliação da capacidade produtiva, cerca de 3 mil novos postos foram gerados no Espírito Santo e em Minas Gerais. “Boa parte dessas pessoas foram contratadas antecipadamente para que pudessem ser treinadas e participassem do processo de prontidão operacional”, explicou.
Rodrigo Vilela complementou que o foco no processo foi a contratação de mão de obra local, principalmente mulheres e jovens. “O objetivo era usar a mão de obra experiente que a Samarco tem e ficou retido, juntamente com os jovens, sempre apostando no desenvolvimento para o futuro”, destacou.
Compromisso com a sustentabilidade
A retomada de investimentos e ampliação de produção da empresa chega somada ao que o presidente da companhia classificou como compromisso com a sustentabilidade e segurança. O caso do rompimento da barragem de Fundão, no Complexo Industrial de Germano, em Mariana (MG), em 2015, foi lembrado diversas vezes durante o evento de reativação da usina.
“São 47 anos de crescimento, desenvolvimento e de desafios. No futuro, podemos esperar uma empresa mais moderna, com foco na sustentabilidade e, principalmente, nas pessoas que nos rodeiam”, afirmou Rodrigo Vilela.
Outra questão levantada pela empresa é o processo de diminuição da emissão de carbono no meio ambiente. “A Samarco tem uma vantagem porque produz 100% de energia renovável, e os projetos de longo prazo passam por isso, em como utilizar combustível verde”, acrescentou.
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