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“Se depender da Polícia Civil não haverá pizza nesse caso”

Por Livia Rangel

Publicado em 14 de novembro de 2013 às 00:00

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Continuando em busca de respostas para o suposto caso de corrupção na Câmara de Guarapari que envolve quatro vereadores, o Grupo pela Moralização de Guarapari esteve reunido na última terça-feira (12) com o delegado chefe da Polícia Civil do município, Alexandre Lincoln.

Em uma conversa que durou aproximadamente uma hora, cinco integrantes do grupo procuraram saber como estão as investigações e, principalmente, qual o motivo da transferência do delegado Luís Carlos Claret Pascoal para outra cidade. Ele era o responsável pelo caso e foi afastado da divisão em que era titular poucos dias depois de entregar o inquérito para assumir o cargo de plantonista do DPJ.

No dia 07 de outubro, nova surpresa: o pedido de transferência para Marataízes, que Pascoal chegou a classificar como “rasteira” em um desabafo nas redes sociais, onde ganhou a solidariedade de uma grande parte da população com mensagens de apoio.

“Ao ver de fora, a sensação é que essa transferência foi ‘encomendada’ e mais uma vez pessoas corruptas ficarão impunes. Por isso queremos respostas”, desabafou Serenella Picciafuoco, integrante do Grupo. Também estavam presentes Anderson Tadeu Varalo Arpini, Jorge Weitingh, Jorge Santoro e Raquel Gerde.

O delegado chefe se defendeu, ao garantir que não foi essa investigação o motivo para a transferência. “Quero destacar que essa transferência tem dois motivos. Primeiro, ela faz parte de uma grande mudança na Polícia Civil em todo o Estado, inclusive eu em breve deixarei a chefia do DPJ de Guarapari. Segundo, o delegado Pascoal possui um histórico de desentendimento com alguns órgãos públicos e já foi transferido mais vezes de outros municípios por esse mesmo motivo”, declarou.

“O admiro muito como profissional e confio na sua competência, mas não deixo de perceber que às vezes ele toma atitudes muito impulsivamente, que acarretam em prejuízos para a carreira dele”, completou o delegado.

O delegado chefe também revelou que a transferência de Pascoal já deveria ter acontecido antes, mas por estar envolvido com essa mesma investigação, foi mantido na função até terminar o inquérito. “A investigação já foi concluída – a prova é a entrega do inquérito ao Ministério Público. Contudo, a promotora responsável pediu novas diligências antes de dar o seu parecer final e estamos cumprindo essas determinações. Se depender da Polícia Civil, não haverá pizza nesse caso”, reiterou.

A reunião contou com também a presença da delegada Carolina Brandão, que assumiu a segunda fase de investigações. Segundo ela, foram solicitadas mais de 20 diligências e por isso, foi pedida uma extensão de 30 dias para a conclusão do caso. “Esse é um prazo padrão, mas temos a expectativa de terminar antes”.

Questionada se a Polícia concordava com os pedidos de prisão, a delegada disse que não poderia se pronunciar. “Só o que tenho a dizer é que o primeiro inquérito foi assinado pelo delegado Pascoal e por mim”, revelou, deixando no ar uma suspeita de aprovação. 

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