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Sessão da Câmara que aumentou salário do Prefeito também beneficiou vereadores de Guarapari
Votação em bloco aumentou dois benefícios em 100%, um em 36,61% e aprovou novo quadro de funções gratificadas da casa
Por Gislan Vitalino
Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 17:00
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A mesma sessão que votou o aumento de salário dos agentes políticos do município, na última terça-feira (08), aprovou em bloco projetos de lei que pautavam o aumento de benefícios para vereadores (Projeto 003/2022) e um novo quadro de funções gratificadas para a Câmara de Guarapari (CMG).
Para a Câmara, foram aprovados um novo quadro de funções gratificadas e novos valores das chamadas verbas indenizatórias dos vereadores. De acordo com a redação do Projeto de Lei N° 003/2022 o auxílio alimentação/refeição dos vereadores passou de R$ 910,00 mensais para R$ 1.820,00. O valor da verba para despesa com combustíveis e lubrificantes passou de R$ 780,00 para R$ 1.560,00. Já o valor da verba indenizatória para saúde passou de R$ 520,00 para R$ 700,00.
Os valores das verbas idenizatórias representam um aumento percentual de 100% para as verbas de alimentação e combustíveis e de 34,61% na saúde.
Segundo os servidores e os vereadores que se opuseram ao projeto de lei na câmara, os 10,16% de reajustes pautados na inflação que atingiam os servidores municipais, teriam funcionado na verdade, como forma de pressionar a aprovação dos demais projetos, com os benefícios direcionados.
Foi o que defendeu o vereador Rodrigo Borges (Republicanos) em entrevista ao Folhaonline.es, na ocasião. “Eles vêm usando esses 10,16% para aprovar o aumento de salário dos demais servidores e divulgando como se esse fosse o grande motivador. Não é verdade. Os servidores não foram consultados e não estão satisfeitos. Tem servidor que, mesmo após esses 10,16%, vão continuar ganhando abaixo do salário-mínimo. Isso não é justo”, explicou o vereador.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Direta e Indireta e do Poder Legislativo do Município de Guarapari (Sintrag), Thiago Magno, também falou sobre a falta de diálogo com os servidores do município. “Nós fomos prejudicados, os servidores não foram ouvidos e não foi por acaso. Aconteceu de uma forma planejada, proposital. Nossa manifestação era para que tirassem de pauta para poder discutir o assunto e incluir os servidores no debate, mas isso não aconteceu. Faltou diálogo e nós não podemos aceitar isso dessa forma”, afirmou o presidente.
Thiago explicou ainda que o Sintrag continuará buscando o diálogo entre a categoria e os poderes Executivo e Legislativo por um reajuste justo e os próximos movimentos da categoria serão definidos em breve pelo conjunto da diretoria.
Nós buscamos contato com a Câmara de Guarapari desde a noite da sessão, na terça-feira (08), apresentando alguns dos questionamentos sobre a sessão e possibilitando o posicionamento da casa mas, desde então, não obtivemos retorno. Esta matéria será atualizada se uma resposta for enviada a nossa equipe.
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