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Taxímetro ligado, pode dar a partida
Por Glenda Machado
Publicado em 20 de março de 2015 às 19:20
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Quatorze veículos já começarão a rodar com o aparelho em abril e prefeitura vai lançar novo edital com mais 81 placas
Quatorze taxistas já começarão a rodar com taxímetro no próximo mês. Das 105 licenças abertas no edital lançado no ano passado, houve apenas 18 inscrições. Destes, só 14 foram classificados. Para preencher as outras vagas, a prefeitura publicará novo edital em abril com 81 placas.
“A licitação foi aberta no ano passado, mas ficou surpresa por um tempo por meio da Justiça do Trabalho. No final do ano, foi autorizada a habilitação do certame. Apenas 18 taxistas entregaram as propostas na prefeitura”, explicou o secretário de Desenvolvimento e Expansão Econômica (Sedec), Danilo Porto.
Mas a Associação dos Taxistas, Motoristas e Defensores do Centro de Guarapari entrou na justiça para cancelar o processo licitatório baseado em lei federal e municipal que determinam a passagem do ponto de táxi de pai para filho.
“Não é concessão nem permissão. A lei é clara, fala-se em autorização. Nós temos autorização. Somos em 112 taxistas. Trabalhamos 20, 30, 40 anos com táxi. Com essa licitação, a maioria sairá. Não somos contra a implantação do taxímetro, somos contra a licitação que prevê concessão por 10 anos prorrogáveis por mais 10 anos. Quem aposenta com 20 anos de trabalho? Por isso estamos brigando na justiça há quase três anos”, destaca o presidente da associação, Silas Vidal.
De acordo com ele, há protocolo de pedido da associação na prefeitura solicitando a implantação do taxímetro e padronização do serviço com faixas e uniformes desde 2011. “Mas tem que ser para todos, notificar todo mundo. Queremos a regularização. Será mais justo para nós, motoristas, e para os usuários. Mas também tem que ser feita de forma justa e honesta”, ressalta Silas.
Hoje, o preço da corrida varia muito de acordo com a negociação entre o taxista e o passageiro. Uma viagem do Centro à Praia do Morro, por exemplo, sai entre R$ 15 a R$ 20. Com o taxímetro, ainda não se sabe ao certo quanto será o valor cobrado por bandeira nem o da partida.
“O edital não estabeleceu tabela. Os preços serão definidos pelo Conselho Municipal de Transportes (Comtran). Será elaborada uma planilha de custos que vai levar em consideração o preço do combustível da cidade, a manutenção dos veículos, a distância dos trajetos para chegar num equilíbrio econômico. Também vamos ver como nossas cidades vizinhas fazem para nortear o nosso trabalho”, afirma o secretário adjunto de Segurança e Transporte, Edinho Maioli.
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