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Turismo de saúde foi destaque sobre o futuro do Radium Hotel em Guarapari
Por Aline Couto
Publicado em 28 de novembro de 2018 às 14:42
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Ontem (27), a Secretaria de Estado do Turismo (Setur) realizou uma consulta pública para apresentar soluções de uso para o Radium Hotel, no Centro de Guarapari.
O objetivo da audiência pública foi incrementar o desenvolvimento econômico de Guarapari, atrair os turistas e dar finalidade ao patrimônio da cidade. O encontro contou com a presença do prefeito da Guarapari, Edson Magalhães, da sociedade civil organizada, de empresários do município, do secretário Estadual de Turismo, Paulo Renato e da presidente da Associação Brasileira de Turismo de Saúde (Abratus), Julia Lima.
“Estamos aqui para dar sugestões, mas quem decide é a sociedade guarapariense”, disse o secretário. Paulo Renato relatou que o chamamento foi uma demanda recebida de entidades de Guarapari a partir do movimento do Governo do Estado junto à prefeitura na tentativa de ajudar e contribuir para que o município se torne a verdadeira “Cidade Saúde”.
De acordo com o secretário, o primeiro passo para definir um destino turístico é saber qual a essência desse destino. “A gente ouve há anos que Guarapari é a “Cidade Saúde” por causa das areias monazíticas, então precisamos validar isso, ter projetos para tal, trabalhos de políticas públicas no município. A vinda da Julia Lima da associação Abratus, que é hoje a pessoa que mais entende de turismo de saúde no mundo, traz esse movimento para captar o turista de saúde mostrando que aqui tem oportunidade e potencial”. E acrescentou, temos que mostrar que Guarapari pode se transformar através do Radium Hotel, ele sendo um âncora, um potencial, um espaço para mudar a política pública da cidade através do turismo de saúde.
Durante a palestra apresentada, Julia Lima, mostrou números do potencial turismo de saúde no Brasil e no mundo e as oportunidades e possibilidades que o mesmo pode trazer. “O mercado do turismo de saúde é bem polêmico e os números espantam um pouco com relação à média de volume e faturamento. Existem várias possibilidades para o Radium Hotel, uma área gigantesca que precisa ser restaurada e preservada, e que tem um potencial de desenvolvimento econômico que pode atingir todas as 100 atividades econômicas que o turismo de saúde compreende. No local, pode ser desenvolvido um espaço hoteleiro, casa de retiro, ambulatório, hospital ou uma casa de tratamento específico para alguma enfermidade que talvez esteja diretamente relacionada às areias monazíticas, um espetáculo da natureza que tem que ser trabalhado e mostrado para o mundo”.
Julia também cita o espaço no entorno do patrimônio. “Nesse espaço, pode ser desenvolvido comércio e sistemas de ensino contínuos bem fundamentados e bem financiados. Guarapari pode, por consequência desse movimento que começa com um diálogo e um consenso envolvendo empresariado e área pública, um investimento e suporte sistêmico, sólido e profundo a longo prazo. E isso cria o futuro de uma cidade, por menor que ela possa parecer”.
“A riqueza que vocês têm aqui é algo que precisa ser desenvolvido, aprimorado, melhorado e exposto aos olhos do mundo. Essa comunidade merece esse investimento, esse paciente, esse turista, esse parceiro de negócios, que podem ser atraídos. Merece o retorno de um trabalho bem feito na exposição do nosso maior talento que é cuidar das pessoas”, enfatizou a presidente da Abratus.
No início do chamamento, o prefeito Edson Magalhães falou para os presentes. “Juntos com o Governo do Estado e a sociedade guarapariense nós encontraremos o melhor caminho de forma democrática para que a gente realmente possa ter aqui um pólo turístico, principalmente focado na saúde e nas areias monazíticas, definindo um melhor destino para o Radium Hotel”.
O empresário guarapariense, Geraldino Nascimento Neto (Dino), acredita que o Radium Hotel pode ser um divisor de águas para a cidade. “Temos um potencial turístico gigantesco que não é explorado. O turismo de bem estar é a segunda maior indústria do mundo, e nós temos esse turismo através das areias monazíticas. O Radium deveria ser entregue a iniciativa privada e poderia ser feito um SPA voltado para a terceira idade no local. Teríamos mais investimento, turistas e lucro”.
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