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Turistas cancelam mais de 50% das reservas para o carnaval em Guarapari
Por Glenda Machado
Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 17:23
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A Associação de Hotéis e Turismo de Guarapari (AHTG) se reuniu hoje de manhã para definir como a categoria vai agir na tentativa de minimizar as consequências que a insegurança causou ao turismo da cidade. Desde que a crise na segurança ganhou mídia nacional, as ligações aos meios de hospedagem não param mais. Os cancelamentos já chegam a 50%.
“Estamos na expectativa de que haja acordo entre as partes. Precisamos de uma solução rápida. Se antes estávamos com uma taxa de ocupação de 80% para o carnaval, hoje já caiu para 40%. E se continuar assim, a tendência é só piorar. Quando ligam, a gente conversa e diz que assim que o Estado der sinal verde, nós entraremos em contato para efetivar a reserva”, explicou o presidente da AHTG, Renato Andrade.
Depois de um verão considerado como o melhor dos últimos 10 anos, agora a categoria pensa em como reverter a situação para o carnaval. “Fizemos um excelente trabalho com apoio da Secretaria de Turismo, Sebrae, Associação Brasileira da Indústria de Hoteis do Estado. Conseguimos contornar a crise econômica e política e agora estamos vendo todos os nossos esforços indo por água abaixo com essa crise na segurança”, desabafou.
Volta antecipada
E os turistas que já estavam na cidade também resolveram antecipar a volta para casa. “Muitos anteciparam o check-out, não só pela insegurança, mas como não tem ônibus circulando, o comércio está fechado, eles acabam indo embora. Se o hotel tem um restaurante, uma piscina, uma área de lazer, eles acabam ficando mais um pouco. Mas mesmo assim vão embora antes do previsto”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado (ABI-ES), Gustavo Guimarães.
Segundo ele, os cancelamentos de reserva no estado já chegam a 30%. “E não só na época do carnaval, tem cancelamento até da Semana Santa. Os meios de hospedagem trabalham com uma média de reserva com 31 dias de antecedência. Os prejuízos são incalculáveis, porque o dinheiro da reserva já entrou na receita do hotel e já saiu para cobrir despesas. Agora estamos nos deparando com dinheiro que sairá para a devolução e sem nada para entrar em caixa. A conta não fecha”.
A ABIH-ES está orientando aos meios de hospedagem a estender o período de cancelamento. “Normalmente esse prazo é de até 15 dias antes do carnaval, por exemplo. A nossa orientação foi de estender até 17 de fevereiro, porque acreditamos que até lá tudo se resolva. E vamos investir em ações de marketing para exaltar os nossos pontos positivos, minimizar os impactos dessa crise e alavancar novas formas de captação que ajudem no desenvolvimento do turismo capixaba”.
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