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Uma lição de amor pela Educação
Por Glenda Machado
Publicado em 14 de outubro de 2015 às 22:15
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Formado em Administração e em Matemática, ele já foi desenhista, radialista, administrador… Mas a sua paixão sempre foi a sala de aula. De professor substituto, em dez anos, ele já passou por escolas municipais e estaduais e hoje também leciona no Ensino Superior, além de dirigir a EEEFM Angélica Paixão há quatro anos. Estamos falando de Sérgio Luiz Gomes.
O Folha da Cidade o escolheu para representar não só os professores pelo seu dia celebrado em 15 de outubro, mas todos aqueles que estão envolvidos nessa área do conhecimento – o maior legado que podemos deixar para as futuras gerações.
Folha da Cidade –Como foi o seu ingresso no mundo da educação?
Sérgio Luiz Gomes – Desde que me entendo por gente eu dou aula (risos). A minha vida inteira dei aula na igreja. E na época de administrador, quando eu era gerente de uma empresa de telefonia, eu atuava como professor substituto de Matemática. Depois virei DT até passar no concurso do Estado. Já são cinco anos no Angélica Paixão, sendo quatro como diretor.
FC – E por que decidiu concorrer à vaga de diretor?
Acho que foi uma oportunidade de unir o conhecimento administrativo com a parte pedagógica, porque eu já dava aula há muito tempo e era uma forma de contribuir também como administrador.
FC – O que mais te encanta como professor?
Eu gosto dos olhos, quando você ensina Matemática, os alunos ficam cabisbaixos porque não estão aprendendo e quando começam a aprender, eles arregalam os olhos e te olham de frente, dizendo através do olhar: eu aprendi. Isso é o mais legal, é lindo!(emocionado).
FC – E qual o maior desafio como diretor?
Pessoas, porque tem que tratá-los com respeito e confesso que em alguns momentos é muito difícil. São 75 professores, 1.200 alunos, secretários, serviços gerais, vigilantes, cozinheiras, pais…
FC – Como você avalia a educação pública hoje em Guarapari?
Se você me perguntar: está bom? Vou te responder, ainda não. Mas temos muitas ideias boas e um grupo gigante de professores interessados em fazer o melhor. Eles têm procurado mais formação e com isso, melhora o salário, melhora a autoestima, e consequentemente reflete na sala de aula, porque se melhora a metodologia e a qualidade de ensino e todos saem ganhando: o aluno, a escola, o professor, a comunidade.
FC – E quanto à participação dos pais hoje na escola: qual a avaliação?
Há uma inversão de valores hoje por conta da falta do tempo. Essa não presença dos pais na escola é um problema, porque eles nos “pedem” ou até mesmo nos “impõem” a responsabilidade da educação e esse não é o nosso papel. O nosso foco é trabalhar para o desenvolvimento intelectual e social do aluno, torná-lo um cidadão do mundo. Mas, hoje, também tenho que me preocupar com a formação educacional dele, como se portar, como falar, trabalhar homofobia, drogas, sexo, coisas que se aprendiam em casa e que hoje também se tornou papel da escola.
FC –O que dizer então para essa classe de guerreiros neste dia 15 de outubro?
O Dia do Professor é realmente um dia grandioso, porque todo país hoje que é considerado de primeiro mundo é porque houve investimento em educação. Enquanto ficarmos com as sobras e em segundo plano, não vamos avançar de patamar. O grande valor de um país no futuro é por conta dos pequenos professores de hoje. Todo profissão até o presidente da República passou por uma sala de aula. É uma profissão linda. Parabéns a todos os professores!
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