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Verão de acessibilidade em Guarapari
Por Livia Rangel
Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 00:00
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A praia é considerada uma diversão democrática, onde todos podem curtir o seu banho de sol e mar sem distinção de raça, cor e classe social. Agora podemos dizer ainda mais, dizer que o verão será de acessibilidade em Guarapari. Isso porque foi inaugurado no dia 20 de dezembro, o projeto denominado Praia Acessível.
O município adquiriu quatro cadeiras anfíbias. Elas flutuam na água, permitindo que as pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida possam tomar banho de mar. Também são feitas com alumínio náutico, a fim de garantir que não enferrujem. Cada uma custou em média R$ 4 mil.
“As cadeiras vão ficar disponíveis diariamente no final da Praia do Morro, das 8h às 18h. Também contratamos mão de obra qualificada e sempre haverá dois funcionários para auxiliar e acompanhar todo o processo junto às famílias”, explicou a secretária de Trabalho, Assistência e Cidadania, Maria Helena Netto.
Para Maria Helena Tebaldi, mãe de Leonardo, 27 anos, que é portador de necessidades especiais, o projeto representa valorização e dignidade do ser humano. Ela conta que às vezes traz o filho à praia, mas que precisa sempre contar com a ajuda de familiares para entrar com ele no mar.
“Para trazer Léo na praia, preciso da ajuda dos meus outros filhos. Porque Léo já é adulto e é pesado. Agora vou ter mais oportunidades de oferecer esse lazer ao meu filho, porque contarei com um serviço especializado e com pessoas capacitadas para isso. Terei mais segurança”, conta Maria Helena.
E não são só os moradores que estão felizes com o serviço. Turistas também experimentaram e aprovaram o projeto como é o caso da mineira Silvana Barros. Há oito dias de férias na cidade, no sábado foi a primeira vez que ela teve a oportunidade de tomar banho de mar.
“Sempre passamos férias em Guarapari. Sou cadeirante há quase sete anos, depois de sofrer um acidente. Meu marido, às vezes, que me carrega da areia até passar as ondas do mar e me coloca numa bóia especial. Mas como ele tem problema de coluna estava ficando cada vez mais difícil. Esse projeto é maravilhoso, só tenho a agradecer”, disse.
A Praia Acessível começou com um projeto de lei de autoria do vereador Rogério Capistrano Marques, Aratu. “Fico feliz em ver um dos meus primeiros projetos sendo realizado e espero que possamos expandir para outras praias e que funcione o ano inteiro e não apenas no verão”, disse o parlamentar.
A Prefeitura pretende adquirir mais cadeiras e até caiaques anfíbios a fim de garantir a inclusão social. “O foco da nossa gestão sempre foi o social e vamos continuar trabalhando pela dignidade e valorização, principalmente, dos menos favorecidos”, destacou o prefeito Orly Gomes.
Tripé da inclusão social
A Praia Acessível é um dos três serviços que a administração pública está investindo em busca da inclusão social. Tudo começou com a inauguração há cerca de dois meses do Centro Dia. O objetivo é oferecer atividades de convivência durante o dia, das 8h às 17h, de segunda à sexta, às pessoas com idade entre 18 e 59 anos que apresentam alguma deficiência.
“Todo serviço quando começa, vai aumentando gradativamente. O Centro Dia tem a capacidade de atender 30 pessoas por dia. Mas a nossa média tem sido 10. Mas aos poucos, as pessoas vão conhecendo o espaço e as atividades oferecidas e quando menos esperarmos estará a todo vapor”, afirma a secretária Maria Helena.
E para encerrar o tripé da inclusão social, será inaugurado até o final de janeiro, a Residência Inclusiva. “É um espaço que a prefeitura está montando, equipando e contratando pessoal qualificado para atender até 10 deficientes abandonados pela família ou que vivem em situação de risco”, revelou a secretária.
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