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Videomonitoramento: sobram câmeras e faltam funcionários

Por Redacão Folha Vitória

Publicado em 26 de abril de 2017 às 13:46

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Que o videomonitoramento é uma ferramenta importante no combate à criminalidade no município ninguém duvida. Mas desde que as primeiras das 80 câmeras foram instaladas em várias regiões da cidade, o assunto está sempre relacionado a problemas.

Agora, é a falta de operadores na Central de Videomonitoramento que está deixando o sistema deficiente. Apenas cinco operadores se revezam no monitoramento das dezenas de câmeras que estão em operação. Para piorar, o contrato de dois destes profissionais acabará no fim desta semana. Apenas três operadores, além de dois servidores comissionados, continuarão a trabalhar na central.

Apenas cinco funcionários estão responsáveis pelas quase 80 câmeras espalhadas pela cidade.

Apenas cinco funcionários estão responsáveis pelas quase 80 câmeras espalhadas pela cidade.

“O pior é que tem um processo seletivo que foi realizado no meio do semestre passado, mas os aprovados não são chamados. Os que restaram lá trabalham apenas durante o dia. No resto do tempo, as câmeras continuam operando e gravando, mas não tem ninguém para acionar a polícia em caso de um flagrante”, conta um ex-funcionário.

“Infelizmente o sistema sempre operou com um déficit de pessoas, mas os que estavam lá davam conta, mesmo tendo muitas câmeras para monitorar ao mesmo tempo. Mas os contratos foram acabando e ninguém era chamado. O resultado é esse: cinco pessoas trabalhando na Central de Videomonitoramento”, continuou.

Em um passado não muito distante, o sistema de câmeras espalhadas pela cidade ajudou a impedir ou prender dezenas de pessoas que estavam cometendo crimes pela cidade. Em outros casos, ajudou a solucionar casos investigados pela Polícia Civil, mas com a falta de pessoas para operarem as câmeras, pouco pode ser feito para ajudar no combate à criminalidade.

A maioria das câmeras estão funcionando, mas não tem funcionários para operá-las. Foto: João Thomazelli/Folha da Cidade

A maioria das câmeras estão funcionando, mas não tem funcionários para operá-las. Foto: João Thomazelli/Folha da Cidade

“Sem ninguém para operar as câmeras, elas trabalham no automático e podem até flagrar algum crime sendo cometido, mas logo depois ela muda de posição e foca em outro ponto. A identificação de um criminoso, por exemplo, pode ficar comprometida”, explicou o ex-funcionário da Central de Videomonitoramento.

Mas uma boa notícia foi dada pela prefeitura para a situação. De acordo com a Prefeitura de Guarapari, a Secretaria de Fiscalização, responsável pelo videomonitoramento na cidade, os aprovados no processo seletivo do ano passado começarão a serem chamados.

“Ciente do término do contrato dos operadores, a Prefeitura de Guarapari já realizou a convocação de todos os aprovados no concurso público e dentro dos próximos dias os profissionais deverão assumir o cargo”.

 

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