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Zenóbia Leão: 80 anos de história da instituição que pode ter sido a primeira escola pública de Guarapari
Por Sara de Oliveira
Publicado em 28 de setembro de 2019 às 12:46
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Nessa sexta-feira (27), alunos do ensino médio realizaram uma festa no Siribeira para finalizar o projeto que pesquisou o início da escola.

A noite foi de memórias e homenagens. Foto: Eliede Machado e Luciana Zuqui.
Um projeto de recuperação das memórias da EEEFM Zenóbia Leão resultou em comemoração. Na noite dessa sexta-feira (27), alunos do ensino médio matriculados na escola realizaram uma festa no Siribeira, reunindo estudantes, pais e professores. O evento foi a finalização de um longo trabalho de resgate da história da instituição que, neste ano, completa 80 anos em Guarapari e, de acordo com relatos de ex-alunos, foi a primeira escola pública da cidade.
A noite foi de homenagens. Enquanto antigos e atuais professores eram lembrados, os alunos se apresentavam em coral, faziam disputas de danças, além de escolherem o rei e rainha da noite. A festa também contou com a exibição de um vídeo feito pelos próprios alunos.

Foto: Eliede Machado e Luciana Zuqui.
De acordo Gabrielle Werenicz, professora de história, a realização do projeto foi ideia de um ex-aluno. “O Elias Sales me procurou e informou que a escola estava completando 80 anos. A partir de então começamos a pesquisar mais sobre a história do Zenóbia”, afirma. Segundo ela, a ideia inicial era realizar somente um vídeo, mas o projeto tomou proporções maiores. “A gente ia fazer apenas um documentário resgatando as memórias da escola, mas a ação foi crescendo e conseguimos fazer essa comemoração no Siribeira”, conta.
Desde o início do ano, professora e alunos decidiram estudar o passado da instituição. “Eles fizeram pesquisa, tiveram que entrevistar ex-alunos, ex-professores e diretores e tiveram palestras com algumas dessas pessoas”, informou. Por meio da busca pela história da escola, o projeto conseguiu uma série de informações sobre os primórdios do Zenóbia Leão e, com base em relatos, foi constatado que ela foi a primeira escola de Guarapari.
Todo o trabalho resultou em um artigo escrito pela professora Gabrielle. O texto conta com fotografias e informações sobre aos primeiros anos da escola. Segundo o documento, antes de ser denominada Zenóbia Leão, a instituição se chamava Grupo Escolar do Município de Guarapari, mas em 1939, o Interventor Federal do Espírito Santo, João Punaro Bley, decidiu mudar o nome da escola, em homenagem a uma falecida educadora do estado.

Primeira sede da escola Zenóbia Leão. Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES).
O documento mostra imagens da primeira sede da escola, que era localizada na Rua Getúlio Vargas, onde hoje é a Câmara de Guarapari. De acordo com os relatos coletados, antes de se instalar no local, as aulas eram ministradas nas casas dos professores. Em seguida, a instituição passou a funcionar na Avenida Joaquim da Silva Lima, no centro da cidade. Segundo as pesquisas, a inauguração da nova sede aconteceu no dia 24 de maio de 1952, no mesmo dia da inauguração da ponte que liga o centro de Guarapari a Muquiçaba.
Para a diretora da escola, Luciana Zuqui, a iniciativa tem extrema importância para formar um acervo histórico da instituição. “Nós percebemos que muitas partes da história da escola estava perdidas, tínhamos pouca coisa arquivada. Então os alunos e professores fizeram um resgate por meio de entrevistas e pesquisas em arquivos públicos e uma história foi escrita, porque nós passamos pela escola mas ela fica na vida das pessoas’, declara.

Diretora Luciana Zuqui com alunos da escola.
Lara Teodoro, de 17 anos, está no terceiro ano do ensino médio e estuda no Zenóbia Leão há dois anos. Sobre a escola, ela só tem elogios. “São ótimos professores e uma gestão muito boa também. Quem está lá dentro sabe como é”, enfatiza.
A professora Gabrielle acredita que o projeto foi importante para recuperar a autoestima dos alunos em relação ao local que estudam. “No passado o Zenóbia era uma referência de escola em Guarapari, mas infelizmente aos poucos isso foi se perdendo. Agora os estudantes podem olhar para a instituição de forma diferente”, concluiu.

Professora Gabrielle (esquerda) e a aluna Lara Teodoro.
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