Anúncio
Magistério municipal terá 7,5% de aumento
Por Livia Rangel
Publicado em 20 de maio de 2015 às 20:18
Anúncio
Mesmo assim, salário pago ao professor de Guarapari não atinge o piso nacional, fixado em R$ 1.917,18
Uma sessão extraordinária, que foge aos padrões de quem acompanha o cenário político de Guarapari, marcou a manhã desta quarta-feira (20). Projetos polêmicos, oriundos do Poder Executivo, polarizaram os vereadores e deram um ritmo agitado ao plenário, geralmente vazio em convocações do tipo.
Entre eles, o que concede reajuste de 7,5% nos salários do magistério municipal e que atraiu mais de 50 professores à Casa de Leis. Eles pediam pela não apreciação da matéria ou pela sua rejeição, já que o reajuste não é suficiente para atingir o piso nacional, atualmente fixado pelo MEC em R$ 1.917,78. Para que isso acontecesse, o reajuste deveria ser, pelo menos, de 10,37%, índice proposto pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes).
Enquanto isso, apenas de verbas indenizatórias, os vereadores receberão R$ 2,2 mil a partir do próximo mês. Eles aprovaram por unanimidade, no último dia 6, 30% de aumento para a ajuda de custo com alimentação, transporte e serviços de saúde.
Faixas, cartazes, rimas e palavras de ordem entoadas sem descanso não foram suficientes para que nove dos 17 vereadores ouvissem a categoria. Foram eles: Anselmo Bigossi, Dito Xaréu, Germano Borges, Jair Gotardo, Jorge Ramos, Lincoln Cavalcanti, Paulina, Serjão e o presidente José Wanderlei Astori, que só pode votar em caso de empate. A principal justificativa dada pelos parlamentares era a possibilidade de pleitear junto ao um novo aumento para atingir o piso. “Vamos nos reunir e pedir ao prefeito fazer este esforço, mas sem desobedecer a capacidade financeira”, convidou Anselmo.
Já os parlamentares Fernanda Mazzelli, Gedson Merízio, Jorge Figueiredo, Manoel Couto, Oziel, Aratu, Ronaldo Tainha e Thiago Paterlini votaram contra e receberam aplausos dos presentes.
Para o diretor do Sindiupes de Guarapari, Adriano Albertino, o resultado deixa o professor em situação delicada. “Recebemos um aumento que não é suficiente e que já havíamos rejeitado durante as negociações com o Executivo na semana passada. Não foi ilegal apresentá-lo para a Câmara, mas mostra que não há interesse em nossas reivindicações”, afirmou. “O fato desestruturou toda nossa luta por um salário digno para o professor de Guarapari, que continuará recebendo menos que o piso nacional”.
As outras matérias polêmicas votadas – e também aprovadas – foram as que criavam e regulamentavam a municipalização do trânsito de Guarapari.
O PLACAR: 9 x 8 (Aprovando 7,5% de aumento, abaixo do piso nacional)
Vereadores favoráveis
Anselmo Bigossi, Dito Xaréu, Germano Borges, Jair Gotardo, Jorge Ramos, Lincoln Cavalcanti, Paulina, Serjão e José Wanderlei Astori
Vereadores contrários
Fernanda Mazzelli, Gedson Merízio, Jorge Figueiredo, Manoel Couto, Oziel, Aratu, Ronaldo Tainha e Thiago Paterlini
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização do FolhaOnline.es.
Tags:
Anúncio
Anúncio
Veja também
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio